Após indicar problemas no trem de pouso, na quarta-feira, 9, um avião com 68 pessoas a bordo mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) pouco antes da aterrissagem no Aeroporto Regional de Maringá Silvio Name Junior. Apesar do susto, tudo terminou bem. Essa não foi, porém, a primeira vez que pilotos se viram sem situações adversas ao sobrevoar a cidade. Relembre momentos envolvendo incidentes e acidentes aéreos em Maringá.
1ª tragédia aérea de Maringá
A primeira tragédia aérea em Maringá foi registrada em 11 maio de 1957, data em que ocorriam festividades em comemoração ao décimo aniversário da cidade. Duas pessoas morreram, conforme lembra o projeto Maringá Histórica.
O acidente aéreo ocorreu na Praça Raposo Tavares. Os aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) foram convidados para fazer um show durante as festividades do aniversário da cidade, que duraram três dias.
As acrobacias aéreas foram realizadas no dia 11 de maio daquele ano por aviões T6 enviados pela escola aeronáutica da FAB, o embrião do que hoje é a Esquadrilha da Fumaça.
“O céu estava de brigadeiro quando os aviões começaram a simular uma batalha aérea. Mais de quatro mil pessoas assistiam ao espetáculo, quando por volta das 10h a tragédia aérea aconteceu”, descreveu ao GMC Online no início de 2020, Miguel Fernandes Peres, responsável pelo projeto Maringá Histórica .
De acordo com ele, depois de um rasante bem no centro da praça Raposo Tavares, o avião de prefixo T-6-D-1634 se chocou contra o mastro de uma bandeira instalada no local. A asa do avião foi arrancada. Mesmo com a aeronave desgovernada, o piloto conseguiu desviar das pessoas que estavam ali e foi cair perto da estação rodoviária, deixando todos em pânico.
Os dois ocupantes, 1º Tenente Dagoberto Seixas dos Anjos e o 2º Tenente Afonso Ribeiro Melo, tiveram morte instantânea.
Algumas pessoas que presenciaram o acidente recolheram pedaços de peças da aeronave e guardaram como recordação. Segundo o Maringá Histórica, por várias décadas uma família deixou a hélice do avião na frente da casa, chamando atenção de quem passava por lá.
Após rajada de vento, avião vira no Aeroporto de Maringá
Um avião virou e ficou de “ponta cabeça” no Aeroporto de Maringá após ser atingido por uma rajada de vento de cerca de 110km/h. Foi na tarde de 18 de outubro de 2018. Duas pessoas estavam a bordo do avião de instrução.
“Ao retornar de um voo de instrução, já em solo, ao realizar a curva para entrar na via de acesso aos hangares, o avião foi atingido por uma rajada de vento de aproximadamente 110 km/h e tombou”, explicou na época o superintendente do aeroporto, Fernando Rezende.
O Corpo de Bombeiros fez o resgate das duas pessoas que estavam no avião. Apesar do susto, elas não ficaram feridas. No entanto, uma pessoa do Aeroclube Regional de Maringá se feriu na tentativa de tentar segurar o avião, mas as lesões foram leves.
Um vídeo flagrou o momento exato. Veja abaixo.
Acidente mata piloto durante Feira de Aviação
Em 24 de setembro de 2016, o piloto Luiz Carlos Basson Dell’Aglio morreu após o avião que pilotava cair durante manobra em um show de acrobacia. A aeronave “caiu de bico” e entrou no solo, aumentando a lista de acidentes aéreos em Maringá.
Acidente aconteceu na 19ª Feira Internacional de Aviação, que era realizada no Parque Bandeirantes, próximo ao aeroporto de Maringá. Luiz Carlos tinha 67 anos e era de Ponta Grossa (312 km de Maringá).
Jatinho da dupla Maiara e Maraisa tem problemas na hora de decolar em Maringá
O jatinho da dupla sertaneja Maiara e Maraisa iria sair do aeroporto de Maringá em 15 de outubro de 2017, mas não foi possível. O pneu estourou quando ia decolar. Com isso, o jatinho saiu da pista. Ninguém se feriu. A dupla se apresentou no dia anterior. Na ocasião, a assessoria das cantoras divulgou a seguinte nota:
“Nesse domingo, 15, a aeronave que transportava a dupla Maiara e Maraisa de Maringá até a cidade de São Borja (RS), saiu da pista do aeroporto da cidade após um dos pneus estourar. A Jet Consulting, empresa responsável pela manutenção da aeronave, declarou que a manutenção está em dia e que os pneus foram trocados na semana passada após passar por uma revisão regular. Ninguém ficou ferido no incidente, e a dupla seguiu viagem em outro avião até a cidade de São Borja (RS), onde seguem com a agenda de shows sem alterações”.
Cessna tem pane no motor
Em 10 de abril de 1982, o maringaense Jonas Lourenço Silva decolou, do antigo aeroporto de Maringá localizado na Avenida Gastão Vidigal, um Cessna 182. No entanto, a apenas 150 metros de altura sobre a pista, ocorreu uma pane no motor junto a rajadas de vento fortes.
“Tive que seguir em frente. Se eu virasse à direita, o avião poderia cair na cabeceira da pista, na Vila Nova; se virasse à esquerda, cairia no Centro de Maringá. Tentei ir para a Avenida Colombo, mas estava em obras. Depois para o Parque de Exposições, mas estava tendo o evento de uma igreja. Optei por pousar em um terreno baldio onde hoje é o Jardim Pinheiros 3”, recordou.
Apesar do grande susto, o piloto maringaense não se feriu. A aeronave que comporta até quatro passageiros estava vazia. Silva tinha como destino Presidente Epitácio, município do estado de São Paulo onde faria o lançamento de paraquedistas.
Avião derrapa na pista
Era fim de noite de uma quarta-feira, em novembro do ano passado, quando um avião da Gol com 111 pessoas (entre passageiros e tripulantes) derrapou na pista durante o pouso no Aeroporto Regional de Maringá. A situação ocorreu por volta das 23h35, quando chovia e ventava. O avião vinha de Guarulhos (SP).
Por meio de nota, a direção do aeroporto informou que ninguém ficou ferido e que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) investigaria o caso. Ainda de acordo com o Município, o avião fez todos os procedimentos de pouso e todos os passageiros deixaram a aeronave sem nenhum problema.
Já a Gol disse, em nota, que “uma das rodas da aeronave danificou lâmpadas do sistema de balizamento luminoso na lateral da pista de pouso e decolagem do Aeroporto Regional de Maringá – Silvio Name Júnior. Apesar do incidente, passageiros e tripulantes desembarcaram em total segurança. A Companhia e o CENIPA conduzirão as investigações visando eventuais oportunidades de melhoria em processos e procedimentos de Segurança, valor número 1 da GOL.“
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