A Prefeitura de Maringá havia aberto no início do mês duas licitações para contratar empresas que fornecessem os mesmos materiais de construção civil para duas secretarias distintas: de Educação e de Infraestrutura. Os materiais eram forro de gesso, divisórias, portas e piso. O processo licitatório era no modelo pregão eletrônico.
Para a Seduc, o valor máximo a ser pago seria de R$ 2.200.035,00. Na licitação da Seifra, o valor máximo era de R$ 3.615.980,00. As informações estão disponíveis no Portal da Transparência.
O Observatório Social de Maringá encaminhou um ofício à prefeitura pedindo esclarecimento sobre a necessidade de dois processos licitatórios distintos, com valores diferentes, para a compra dos mesmos materiais. É o que explica a presidente do OSM, Cristiane Tomiazzi.
“Nós constatamos a existência de dois pregões eletrônicos, de número 241 e 238 que versavam sobre o mesmo objeto, sendo que os dois juntos totalizavam quase R$ 6 milhões de reais. Então nós fizemos um pedido de esclarecimento do porquê o município estar fazendo dois processos licitatórios para objetos idênticos. Haja visto que isso acaba onerando, visto que cada processo tem seu custo e também com o risco de haver contratações distintas com preços distintos e qualidades distintas” explica a presidente.
A Prefeitura de Maringá encaminhou uma resposta ao OSM informando que os processos seriam revogados. Ambas as licitações foram suspensas, segundo a administração municipal.
Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.