Prefeitura vai desapropriar terreno para construção do Parque das Águas em Maringá
Terreno para construção do Parque das Águas em Maringá vai ser desapropriado pela prefeitura do município. O local já foi escolhido. Segundo a secretaria de Esportes e Lazer, o projeto está em fase de estudos para elaboração do planejamento de execução.
Desde o início do ano o município divulga a intenção de criar uma praia artificial em Maringá,um Parque das Águas. Agora o município informou que já decidiu onde pretende construir o parque. É um terreno privado, na saída para Astorga, ao lado de onde funcionava o antigo Thermas de Maringá. O terreno deve ser desapropriado, como explica o secretário de Esportes e Lazer, Robson Xavier.
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“No primeiro momento, junto com a equipe técnica da prefeitura, por determinação do prefeito, partimos em busca do local. Avaliamos alguns locais dentro da cidade, mas, por vários fatores, achamos melhor procurar algum outro mais afastado, um pouquinho, da cidade. […] Em pesquisas achamos um espaço bem adequado atrás do antigo Thermas, um espaço grande, que possibilita expansão, de fácil acesso. […] É uma desapropriação, na realidade, no primeiro momento é feito um decreto, os valores já foram estipulados. Agora vamos ver se o proprietário aceita os valores. Se não aceitar, a prefeitura vai fazer o depósito em juízo e vamos partir para negociar com relação a esses valores.”, diz o secretário.
Segundo ele, ainda não há muitas informações sobre como será a parte operacional da prainha. O projeto está em fase de estudo para elaboração e a previsão é que comece a ser construído em 2023.
“Agora num segundo momento, paralelo a isso, a Secretaria de Esporte está conversando com várias empresas que têm o know-how, que participam da construção de parques aquáticos ou desse parque das águas, como nós vamos denominar aqui. Então nós estamos colhendo informações técnicas para montar um termo de referência e assim lançar uma licitação dos projetos complementares para poder seguir com a obra. A ideia é não cobrar, não ter cobrança alguma da entrada.”, comenta o secretário.
De acordo com o secretário, o recurso para construção deve sair do superávit do município e o parque terá mais atrativos além da praia.
“Posso adiantar que tem a prainha com ondas, teremos quadra, teremos redário, um parque molhado para as crianças, uma área gastronômica. É um parque, não é simplesmente uma prainha.”, diz ainda o secretário.
O assunto foi debatido pelos vereadores na Câmara Municipal na sessão desta terça-feira,22. A vereadora Cris Lauer diz que o momento não é para construção de uma praia.
“Eu acho que é uma ideia surreal paro o momento em que Maringá vive. Até vamos falar de saúde e educação que Maringá está um caos. Parque do Ingá secando, piscinas sem cloro, como que você pensa em criar uma praia com as praças que nos temos. Hoje eu recebi fotos. Praças da Praça Rocha Pombo, que os brinquedos já não tem mais, já arrancaram, não são cuidados. Como que você pensa em administrar uma praia. Imagina o gasto e o cuidado. É surreal diante do que estamos vivendo. Não estamos ainda nem com secretário de saúde, estamos com um interino. ontem o Zona Norte ‘pegando fogo’ praticamente, mães esperando sete horas por uma consulta. Então praia agora é, para mim, só uma cortina de fumaça dos problemas de Maringá.”, diz a vereadora.
O vereador Flávio Mantovani diz ser a favor.
“Eu sou totalmente favorável. O político, quando quer fazer um discurso fácil, ele vai para a tribuna ou para as redes sociais e fala o seguinte: ‘Olha, nos temos que gastar o dinheiro na Saúde, nós temos que fazer isso ou aquilo.’ Maringá, para você ter uma ideia, da porcentagem constitucional que tem que gastar, o mínimo exigido em saúde é 15%, Maringá está gastando 33%. […] Ninguém está arrancando dinheiro de um lugar para colocar em outro. tudo está interligado. O prefeito tem que pensar em lazer, saúde, cultura… Ele tem que pensar em todas a áreas para fazer uma boa gestão.”, diz o vereador.