Um procedimento inédito que previne morte súbita decorrente de problemas cardíacos foi realizado recentemente em Maringá, na Santa Casa.
Trata-se do implante de cardiodesfibrilador subcutâneo. O dispositivo inovador se destaca pela não necessidade de implante de eletrodo dentro do coração. O dispositivo e o eletrodo ficam abaixo do tecido gorduroso da pele, evitando complicações maiores, como infecção, perfuração, etc.
Segundo a Sociedade Brasileira de Arritmia Cardíaca (SOBRAC), a morte súbita cardíaca ocorre de forma instantânea e inesperada, causada pela perda da função do músculo cardíaco.
Dentre as principais causas de morte súbita pode-se destacar:
- arritmias decorrentes da doença isquêmica do coração;
- arritmias relacionadas à cardiomiopatia hipertrófica;
- quando há um aumento no tamanho do músculo cardíaco e distúrbios elétricos decorrentes da displasia arritmogênica do ventrículo direito;
- quando as células do músculo cardíaco morrem e são substituídas por células gordurosas, sem relação com a alimentação.
De modo geral, qualquer pessoa pode ser diagnosticada com arritmia cardíaca, independentemente de faixa etária, gênero ou condição socioeconômica. As arritmias cardíacas podem acometer recém-nascidos, jovens saudáveis e esportistas. A maior incidência, contudo, é em idosos.
Ao todo, este descompasso no coração pode acometer 1 em 4 pessoas ao longo da vida e é responsável pela morte súbita de cerca de 300 mil brasileiros todos os anos.