Professora de Maringá está entre finalistas de Olimpíada de Matemática


Por Rafael Bereta
Design-sem-nome-2-3
Profissional há 18 anos, Cristina afirma que a principal motivação para a competição foi primeiro se desafiar e aprimorar habilidades e experiências. Foto: Arquivo/Montagem GMC Online

Para um grande número de pessoas, a matemática representa um desafio constante, uma barreira que muitas vezes parece difícil. No entanto, para Cristina Kozan de Brito uma professora de Maringá, a matemática é muito mais do que uma simples disciplina acadêmica. É uma fonte de entusiasmo, conhecimento e inspiração. Seu amor pela área a levou até a etapa final da prestigiada Olimpíada de Professores de Matemática do Ensino Médio (OPMBr), onde se destaca como uma das 20 melhores educadoras do País.

Idealizada por uma equipe de engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Olimpíada de Professores de Matemática do Ensino Médio (OPMBr) busca estimular o ensino da matemática e identificar talentos entre os educadores. A premiação, marcada para o dia 27 de março, reconhecerá os 10 melhores projetos nas categorias ouro, prata e bronze. Os vencedores da categoria ouro, terão a oportunidade de participar de um intercâmbio cultural e técnico em Xangai, na China, em outubro.

“Ser finalista em uma competição como a OPMBr é, sem dúvida, uma conquista significativa para qualquer professor de Matemática. Isso não apenas reconhece o trabalho árduo e a dedicação do professor, mas também destaca a importância do ensino da Matemática no Brasil”, diz professora ao GMC Online.

Profissional há 18 anos, Cristina afirma que a principal motivação para a competição foi a de se desafiar e aprimorar habilidades e experiências. “Além disso, poder inspirar e motivar os alunos a participarem de olimpíadas também foi o essencial”, afirma.

Amor à matemática

No seleto grupo dos 20 finalistas, é possível encontrar histórias de amor pela matemática e pelo processo de ensino-aprendizagem. Durante as fases da OPMBr, a professora que leciona no Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf e também no Colégio Mater Dei, precisou apresentar um projeto que fosse inovador destinado a tornar o ensino da matemática mais acessível e envolvente para seus alunos. 

Um dos projetos destacados que Cristina desenvolve foi o ‘Clube de Troca’, onde uniformes, roupas e calçados eram negociados com uma moeda própria, movimentando não apenas a escola, mas também a comunidade ao redor.

“Acredito na importância de vivenciar a teoria, de proporcionar oportunidades para aplicar o que é aprendido em sala de aula. Isso faz toda a diferença no processo de aprendizagem”, enfatiza Cristina.

A iniciativa prática do ‘Clube de Trocas’ surgiu como uma maneira de envolver os alunos e demonstrar a aplicação real dos conceitos da matemática financeira. O projeto incluiu o planejamento logístico, a gestão de recursos e a garantia de equidade na troca. Os alunos puderam desenvolver habilidades de resolução de problemas, colaboração e responsabilidade financeira entre os alunos. A professora Cristina comenta que o projeto ganhou um prêmio doSindicato Estabelecimentos Particulares de Ensino Noroeste Paraná (Sinepe-NOPR) como Prática Inovadora em Educação.

A iniciativa prática do ‘Clube de Trocas’ surgiu como uma maneira de envolver os alunos e demonstrar a aplicação real dos conceitos da Matemática Financeira. Foto: Arquivo

Expectativa

A professora de matemática Cristina ainda ressalta que a premiação não só reconhece o esforço individual dos participantes, mas também destaca práticas de ensino exemplares que podem inspirar outros educadores em todo o país a adotarem métodos inovadores, além de motivar alunos a acreditarem na educação.

“Participar da OPMBr está sendo uma oportunidade emocionante e enriquecedora. Estou extremamente feliz de estar entre os finalistas, já considero uma grande vitória. Ganhar o intercâmbio em Xangai com certeza me oferecerá novas perspectivas, ideias e metodologias que podem ser aplicadas em sala de aula e divididas com profissionais da área. Por isso, que inovar e inspirar os alunos no aprendizado da Matemática é fundamental para o progresso educacional. A mensagem que gostaria de passar para outros professores é de encorajamento para explorarem novas abordagens, serem criativos e estarem abertos a aprender e crescer continuamente em sua prática profissional.”, destaca a professora Cristina.

OPMBR e a matemática

O membro do Conselho Gestor da Olimpíada da OPMBR Adauto Caldara, explica que o objetivo da olímpíada é reconhecer e valorizar iniciativas bem-sucedidas no ensino da Matemática em todo o País, de forma a disseminá-las, trabalhando para melhorar a qualidade do ensino da disciplina e, assim, contribuir para alavancar a posição do Brasil no ranking mundial, a médio e longo prazo.

Depois da viagem de premiação, o próximo passo previsto é a realização de 50 workshops – cada um dos premiados ministrará cinco – em 50 cidades definidas em parceria com o Ministério da Educação.

O processo de avaliação dos professores participantes incluiu três etapas: uma prova, uma apresentação em vídeo ilustrando o trabalho desenvolvido em sala de aula e uma entrevista que teve, entre os avaliadores, o professor Cristovam Buarque, que é membro do Conselho Acadêmico da OPMBr.

“Os dez premiados na categoria ouro só serão conhecidos no dia 27. Entre os 20 finalistas, há representantes de diversos estados do País como Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. Posso dizer que poder realizar esse projeto foi simplesmente mágico e trazer à tona professores que desempenham um papel tão importante não tem preço”, explica Adauto Caldara.

Sair da versão mobile