Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

28 de julho de 2024

Projeto ‘Espelho, espelho meu’ resgata autoestima de gestantes por meio da fotografia em Maringá


Por Rafael Bereta Publicado 28/07/2024 às 08h18
Ouvir: 00:00

De acordo com o Dicionário da Lingua Portuguesa, a fotografia é a arte ou processo de fixar a imagem de qualquer objecto ou realidade através de sensor digital ou superfície fotossensível com o auxílio da luz. Em meio ao cenário hospitalar de Maringá, um projeto especial chamado “Espelho, espelho meu” tem trazido esperança e autoestima para gestantes de alto risco que enfrentam longos períodos de internamento devido a complicações na gravidez. Idealizado pela psicóloga hospitalar Catiucia Guerrero, o projeto busca resgatar a beleza e a autoestima dessas mulheres, proporcionando momentos de alegria através de ensaios fotográficos.

WhatsApp Image 2024-07-25 at 13.22.27
Foto: Rose Martins

Catiucia, que atuou como psicóloga hospitalar por vários anos, inclusive na Santa Casa de Maringá, explica que a ideia surgiu ao perceber que muitas gestantes internadas não tinham a oportunidade de fazer o tradicional ensaio fotográfico de gestante.

“Trabalhei com psicologia hospitalar por oito anos e, antes disso, durante minha formação universitária, já atuava no Hospital Universitário. O ‘Espelho Espelho Meu’ nasceu da intenção de resgatar a autoestima dessas mulheres, especialmente aquelas em repouso absoluto, que perdem muita autonomia”, afirma.

A iniciativa ganhou força e estrutura, incluindo a participação de fotógrafos voluntários e o apoio do hospital. Rose Martins, fotógrafa com 35 anos de experiência, é uma das voluntárias do projeto. “Entrei como parceira voluntária, oferecendo maquiagem e fotografia. Selecionamos as mães, perguntamos se elas gostariam de incluir familiares nas fotos, e levamos roupas e acessórios para criar um ambiente especial dentro do hospital”, explica Rose, do projeto Espelho, espelho meu.

Impacto do projeto

O projeto já impactou inúmeras vidas, proporcionando um momento de alegria e conforto para as gestantes. Rose relembra uma história tocante de uma mãe cujo bebê infelizmente não sobreviveu. “Criamos uma caixinha de memórias com as fotos. Ela nos disse que foi o melhor atendimento que recebeu, algo que a ajudou a passar por aquele momento difícil”, diz.

Carina Bezerra, uma das beneficiadas pelo projeto, compartilhou sua experiência. Internada devido à pressão alta, ela não pôde realizar um ensaio fotográfico fora do hospital.

“As meninas vieram até o meu quarto, me arrumaram, vestiram, e foi um momento incrível. Receber as fotos depois me fez perceber o quanto sou forte, por ter passado por tudo isso e ainda conseguir sorrir”, conta Carina, que deu à luz seu filho, Léo Henrique, logo após a sessão de fotos.

Para a fotógrafa Rose Martins, ver o trabalho realizado é motivo de orgulho e gratidão. “É uma sensação de gratidão enorme. As mães sempre me abraçam e agradecem, dizendo que nunca imaginaram ter fotos assim, e que isso as faz sentir tão felizes e bem consigo mesmas”, afirma.

As fotos finalizadas e editadas são entregues digitalmente às mães. “Recebi as fotos em poucos dias, e ver o resultado foi emocionante”, comenta Carina Bezerra.

Fotos: Rose Martins

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação