15 de junho de 2025

Projeto preliminar propõe desvio de canais para recuperar o nível do lago do Parque do Ingá


Por Letícia Tristão/CBN Maringá Publicado 11/04/2023 às 11h58
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Imagem Ilustrativa | Foto: Thiago Louzada/Arquivo/PMM

Um projeto preliminar enviado à Prefeitura de Maringá propõe um desvio de canais para recuperar o nível do lago do Parque do Ingá. O lago do Parque do Ingá é contornado por dois canais que levam a água da chuva. Mas o nível do lago está muito abaixo. O estudo da Fadec, Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico, da UEM, contratada pela Prefeitura de Maringá, para tentar solucionar o problema de drenagem no entorno do Parque também prevê uma proposta para recuperar o nível do lago.

Segundo o professor, Sandro Rogério Lautenschlager, um dos responsáveis pelo estudo, um projeto preliminar foi apresentado à prefeitura. Ele explica que trata-se do desvio dos canais, com tubulação por dentro do solo, para que mais água chegue até o lago.

“Uma sugestão que a gente encaminhou para a prefeitura é fazer um desvio no parque em dois canais que contornam o lago, o canal leste e o canal oeste. Desviar parte da água que escoa por esses canais para dentro do lago para que se possa recuperar o nível do lago”, disse Sandro.

Segundo o professor, os desvios funcionariam como vertedouros.

“O desvio que a gente propõe é uma tubulação que sai do canal leste, do canal oeste. Ela é enterrada, vai por dentro do solo e descarrega dentro do lago. Agora essa tubulação tem um controle de nível que capta a água a partir de uma certa altura dentro do canal, quando a água dentro do canal atingir essa altura, como se fosse um vertedouro”, complementou. 

“Começa a chover, a chuva lava o pavimento asfáltico, leva essa água para a sarjeta e essa sujeira acaba indo para o manancial. Então quanto de tempo que a gente pode pegar a água ela vai estar apropriada para que ela possa ser destinada para o reservatório do lago? A gente viu que, para uma chuva de intensidade razoável após sete minutos de escoamento, a água poderia ser desviada para dentro do lago”, relatou o professor.

Um dos desafios era captar água mais limpa para que ela chegasse sem contaminação aos mananciais. O estudo revelou que após sete minutos de chuva, a água estaria mais limpa, explica o professor.

“Para a gente fazer essa obra, a gente teve que encontrar um traçado que minimizasse os impactos ambientais. Então, a gente procurou um traçado e uma solução que favorecesse passar por dentro de algumas passarelas, de maneira que você não pudesse retirar árvores, a vegetação nativa. É um local que tem algumas particularidades”, disse Sandro.

“A gente identificou que essa poderia ser uma solução de curto prazo para recuperar o nível do lago”, complementou. 

A execução dessa proposta fica por parte da prefeitura, o que será feito, mas ainda não há prazos, disse o secretário de comunicação, Lucio Rosas.

“As sugestões de obras serão realizadas pela prefeitura, e isso é importante dizer. Toda sugestão que a UEM e a Fadec farão pela recuperação dessa região será executada pela prefeitura. A questão da definição da forma com que essa água possa ser utilizada no lago depende desse estudo do volume de água da região. Nós temos os estudos prontos e uma informação para fazer a conexão com todo o resultado final do projeto”, explicou Lucio.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá. 

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