Mãe abandonada pelo marido e sem parentes em Maringá precisa de vaga em creche para o filho


Por Luciana Peña/CBN Maringá
Imagem Ilustrativa | Foto: Freepik

Em uma reviravolta da vida, uma jovem mãe de 21 anos se encontra em uma situação desafiadora em Maringá. Abandonada pelo marido e sem familiares por perto, ela está desesperadamente à procura de uma vaga em creche para o filho de apenas um ano e dois meses.

Maringá compra vagas em escolinhas da rede particular de ensino para atender as crianças de zero a três anos de idade. Com esta política pública o número de crianças na lista de espera por vagas em Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) diminuiu bastante.

Esta lista já chegou a ter milhares de crianças. Em entrevista à série com os pré-candidatos à Prefeitura de Maringá, o vice-prefeito Edson Scabora disse que a fila está praticamente zerada. Segundo um levantamento rápido no Portal da Transparência feito pelo colunista da CBN Tiago Valenciano, hoje são em torno de 500 crianças na lista.

Lista de espera

Uma dessas crianças é o filho de Tawanye Garcez, de um ano e dois meses. Tawanye veio do Rio Grande do Sul com o marido. O casal se mudou para Maringá em busca de uma oportunidade de trabalho. O marido de Tawanye conseguiu um emprego numa usina de açúcar da região e aqui nasceu o filho deles. Mas no ano passado, o marido pediu demissão e voltou para o Rio Grande do Sul, sem levar a mulher e o filho. Ela disse que foi abandonada e se viu obrigada a trabalhar para se sustentar.

“No início quando meu marido foi embora eu não trabalhava e quando ele foi embora a psicóloga da usina até ficou admirada por ele ter pedido demissão. Ela alega que ele tinha dito que iríamos voltar para o Rio Grande do Sul, mas não foi bem assim que aconteceu. Foi aí, que a psicóloga comentou que eu poderia ficar na casa que a empresa fornecia no máximo três meses até eu conseguir outra casa”, diz.

Tawanye conseguiu um emprego quando uma parente distante, mas que ela não conhecia pessoalmente, veio morar em Maringá e ajudá-la a cuidar do filho, mas a ajuda durou pouco. “Ela é tia da minha mãe que veio do Mato Grosso para cá e precisava de um lugar para ficar e eu precisa de alguém pra cuidar do meu filho, então basicamente deu tudo certo. Ela ficou quatro meses e cuidava dele para mim, enquanto eu arcava com todas as despesas da casa. No entanto, tudo mudou pois eu vi ela judiando do meu filho em algumas questões e fiquei preocupada”, afirma.

Ajuda de pessoas da igreja

Tawanye cadastrou o filho no Cmei France Luz, em Iguatemi, onde ela mora. Mas até hoje, oito meses depois, segundo ela, a vaga não surgiu. E para fazer bicos, Tawanye conta com a ajuda de pessoas da igreja que ela frequenta.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Maringá que enviou a seguinte nota à redação:

“A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Educação (Seduc), vai entrar em contato com a mãe para realizar o encaminhamento para a vaga disponível na rede municipal de ensino”.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.

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