Receita entrega quase R$ 2,5 mi em mercadorias para 15 Apaes da região
A entrega será nesta terça-feira (24). Foram selecionadas as Apaes que há mais tempo não recebiam doações de mercadorias apreendidas pela Receita Federal e que agora devem realizar bazares para gerar renda para as entidades assistenciais.
A Receita Federal vai entregar nesta terça-feira, 24, quase R$ 2,5 milhões em mercadorias para 15 Apaes da região.
Cada Apae vai receber, em média, R$ 160 mil em produtos apreendidos pela Receita Federal, recursos que vão contribuir com o funcionamento das entidades assistenciais que promovem a inclusão de pessoas com deficiência.
Entre as atividades desempenhadas pelas Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais estão a escolarização e o encaminhamento ao mercado de trabalho para pessoas com deficiência intelectual ou múltipla.
Os produtos recebidos serão vendidos em bazares pela região e o dinheiro que vem de ações como essa faz muita diferença para a administração desses locais, como explica o presidente da Apae de Maringá, Evandro de Castro.
“A Apae, como eu sempre digo, não é uma entidade pública, é uma entidade privada, e depende de doações. Essa doação da Receita será muito importante para reforçar o nosso caixa, principalmente para custear nossas de despesas de final de ano que sempre são maiores, devido ao 13º e algumas coisas a mais que precisamos ter em caixa. A intenção nossa é revender em um bazar. A Receita abre para nós, para poder estar vendendo esses produtos. Existem produtos que são mais baratos, mas também são tabelados pela própria Receita Federal.
Os outros bazares que a gente já teve, já deram muito resultado. A população sempre gosta de comprar, como é tudo material de apreensão, o pessoal gosta de comprar eletrônicos. A gente tem convênios com o Estado, União, municípios, e com esses convênios a gente consegue custear determinado projeto, mas não temos liberdade para custear algumas despesas. Então tem algumas despesas que a gente não consegue custear através de projetos. Inclusive, como existem aquelas doações através de Imposto de Renda, eles são todos direcionados a projetos. E a gente tem outras despesas que são necessárias na entidade, precisam desses valores que vêm através dessas doações e através de eventos que a gente faz. Todas as entidades, todas as Apaes que vão receber — são 15 Apaes que vão receber aqui na região —, todas elas necessitam muito desses recursos. A gente vive de doações. Quanto menor a cidade, ainda mais difícil o trabalho. A gente entende que a dificuldade é até maior. A gente fica muito feliz que eles também estão recebendo essas mercadorias e possam estar ajudando no custeio das suas entidades”, explicou Evandro de Castro.
As mercadorias doadas foram apreendidas pela Receita Federal em operações de combate ao contrabando e descaminho, realizadas no primeiro semestre deste ano no Estado, principalmente nas regiões de Maringá e Ponta Grossa.
Serão beneficiadas as Apaes de Maringá, Araruna, Fênix, Godoy Moreira, Ivaté, Loanda, Maria Helena, Nossa Senhora das Graças, Novo Itacolomi, Peabiru, Santo Antônio do Caiuá, São João do Caiuá, São Jorge do Ivaí, Tamboara e Umuarama. Milton Vidotti Martínez, Delegado Adjunto da Receita Federal de Maringá, dá detalhes sobre as doações.
“A Receita Federal preparou um lote de doações para 15 Apaes do norte e do noroeste do Estado, na entrega de mercadorias — como celulares, perfumes, caixas acústicas, fones de ouvido, relógios, diversas mercadorias para bazares — como uma forma de incentivar o auxílio a essas entidades tão necessitadas que prestam um serviço tão necessário para a sociedade brasileira, como forma de, então, fazer um chamamento maior para a sociedade, chamando atenção para esse fato. Nós buscamos selecionar aquelas Apaes que nunca tinham recebido doação, ou que tinham recebido há muito tempo. Das 15, somente duas tinham recebido já há muitos anos atrás, então foi uma seleção de entidades que nós nunca tínhamos atendido para esse momento. São todas entidades carentes, nós sabemos disso, eles precisam de recursos para sobreviver, para as suas necessidades.
Então, esse bazar é nesse sentido, de dar um recurso a mais a eles, para que eles possam desenvolver, para fazer uma reforma, fazer o custeio, ampliação, enfim, algum projeto necessário para o seu funcionamento. Esses produtos foram apreendidos pela Receita Federal, principalmente na nossa região aqui de Ponta Grossa e em Maringá. São produtos introduzidos clandestinamente, de forma ilegal no país, que não pagavam impostos, que fazem uma concorrência desleal com o comércio. Então a Receita Federal apreendeu e agora está revertendo para a sociedade esses mesmos produtos, como forma de auxílio aos mais necessitados”, explicou o delegado Milton Vidotti Martínez.
