O Tropical Waterpark fez parte da vida de vários maringaenses. O parque aquático funcionou por quase 14 anos, entre 1996 e 2010, e agora só restam lembranças. Em parceria com o projeto Maringá Histórica, vamos contar a história desse local, relembrando as atrações. No vídeo acima, é possível conferir como está o clube hoje.
Estruturado na várzea de um córrego na Avenida Nildo Ribeiro, Vila Emília, o Tropical Waterpark foi fundado pela família Pozza, detentora de uma construtora. Antes, o terreno de aproximadamente 50 mil metros quadrados era utilizado como associação de funcionários da empresa. Seu lançamento ocorreu em maio de 1995, no Centro Português.
A família criou o parque aquático pensando em lançar algo inovador na cidade, já que os negócios não iam muito bem. O espaço de lazer entrou operação no final de 1996, no começo do verão.
“Considerado na época um dos mais modernos equipamentos de lazer de toda a região, o parque aquático nasceu para atender as classes mais altas de Maringá”, explica Miguel Fernando Perez Silva, responsável pelo projeto Maringá Histórica e secretário de Cultura de Maringá.
Na época, o título de associado custava, em média, R$ 500, além da mensalidade de manutenção de R$ 35. Segundo o Maringá Histórica, em seu auge, o parque chegou a ter 8 mil associados. O local era um dos pontos de lazer mais utilizados no início dos anos 2000.
Atrativos
Os atrativos do Tropical Waterpark chamavam muitos visitantes. Piscinas tropicais, tobogãs, playground, piscina coberta, hidromassagem, castelinho e é claro, a famosa piscina de ondas. O equipamento foi elaborado pela construtora Pozza juntamente com pessoas que vieram de Goiás.
“A principal atração era a piscina de ondas. Quando as máquinas eram ligadas, sirenes espalhadas pelo parque ecoavam o sinal e todo mundo corria para aproveitar. Quando as ondas paravam, as pessoas reclamavam. Era algo inovador, nenhum outro parque de Maringá tinha”, lembra o responsável pelo Maringá Histórica.
Outro destaque era um tobogã que se conectava com um pequeno rio, como se fosse uma espécie rafting. “Pessoal descia de boia pelo tobogã e entrava no rio”, lembra Miguel Fernando.
A parte gastronômica também não deixava a desejar. Havia uma estrutura em formato de barco que servia caldo de cana, milho cozido, pipoca e churros. Além disso, havia uma lanchonete em frente à piscina de ondas e outra na entrada no parque, onde também chegou a funcionar uma rádio que sonorizava todo o clube.
O parque encerrou as atividades, segundo o Maringá Histórica, porque houve baixa na procura por aquisição de títulos e os proprietários passaram a cobrar só pela entrada. No entanto, o valor arrecadado não era suficiente para manter o clube, que foi desativado em 2010.
Incêndio
Depois de fechado, um incêndio atingiu o parque e a notícia repercurtiu pela cidade. Foi em 2012, quando um toboágua foi tomado pelas chamas. Na época, o Corpo de Bombeiros constatou que o fogo tinha começado na mata do terreno vizinho e as chamas se alastraram rapidamente, atingindo o toboágua. Depois de uma hora, o incêndio foi contido.