Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

28 de abril de 2024

Rotina Universitária: Como é a vida de um estudante que mora sozinho?


Por Victor Ramalho Publicado 18/02/2020 às 18h20 Atualizado 24/02/2023 às 00h05
 Tempo de leitura estimado: 00:00

A faculdade é uma das fases mais importantes da vida de um jovem. Desafiadora, pode ser um divisor de águas entre o fim da adolescência e o começo da vida adulta. E como a vida adulta demanda responsabilidades e decisões difíceis, uma delas pode ser tomada logo de cara: Ter que morar sozinho ao iniciar os estudos.

Segundo um levantamento do portal ‘Fala Universidades’, 30% dos estudantes começam a morar sozinhos ou em pensionatos e repúblicas com amigos quando iniciam a graduação. Mas qual seria o motivo de uma mudança tão radical de rotina?

Conversamos com a universitária Vanessa Santa Rosa, de 19 anos. Natural de Paranacity, ela está no 5° Semestre de Jornalismo, estudando em Maringá, e mora sozinha na cidade desde que iniciou a faculdade, em 2018. Ela conta que a decisão partiu dela própria, mas contou com a aprovação dos pais. Ambos colocaram na balança diversos fatores, como a distância entre as duas cidades, antes de iniciar a nova vida longe de casa.

“Eu sempre me planejei quanto a isso (morar sozinha durante a faculdade). Era algo que eu pesquisava sobre antes de iniciar os estudos, pois Maringá, mesmo sendo longe, ainda era a cidade mais próxima da minha que oferecia o curso. Minha mãe sempre me incentivou sobre isso, pois achava que se deslocar diariamente de Paranacity a Maringá seria cansativo”, declarou.

Distância

A justificativa de Vanessa é a realidade de milhares de universitarios pelo Brasil. Segundo dados do último senso da educação superior, de 2018, o Brasil possui 2.537 instituições de ensino superior. Com 5.570 municípios pelo Brasil, o número representa uma média  de 1 universidade para cada 2 cidades, pouco para atender a atual demanda.

Desafios

Mas toda mudança tem suas peculiaridades, e com a estudante não seria diferente. Ela conta que estranhou a nova rotina no começo, mas logo conseguiu se adaptar.

“É diferente. Você está acostumado com uma rotina, estar perto da sua família, de pessoas que você gosta e tendo seus pais sempre por perto, fazendo tudo e, de repente, você está em um lugar completamente novo. É desafiador, precisar conhecer novas pessoas, se adaptar a uma nova vida, novos lugares, mas acredito que consegui passar por tudo isso muito bem”, afirmou a jovem.

Adaptação

Vanessa está em Maringá há cerca de 2 anos. Recentemente, ela se mudou para um novo apartamento, que divide com o irmão, que também veio para a cidade. Ela relata que a principal mudança que sentiu na rotina foi precisar se adaptar a novas tarefas domésticas.

“Eu sempre soube cuidar da casa, cozinhar, limpar, realizar afazeres domésticos de um modo geral, pois já fazia isso com meus pais. Mas agora não existe mais a opção de alguém fazer por você. Fora isso, tem outras coisinhas que não reparamos a diferença que fazem, como por exemplo aprender a trocar uma torneira, ou consertar um chuveiro.”

Apesar de conciliar a rotina de trabalho com os estudos, a mesma acredita que as novas responsabilidades não influenciem seu desempenho acadêmico.

“Pra mim, não faz diferença. Eu trabalho o dia todo, estudo a noite, mas não me sinto exausta por isso, nem acredito que a rotina tenha exercido alguma influência negativa no meu desempenho. Estou perto de tudo que a faculdade me oferece, como a biblioteca, por exemplo, e isso é positivo. Tenho amigos que continuam se deslocando de cidade todos os dias, e eles parecem mais cansados do que eu (risos)”, afirmou.

Para encerrar a entrevista, Vanessa faz um balanço de seus 2 anos morando sozinha, e dá algumas dicas para quem vai ou pretende passar pela mesma situação.

A entrevistada valoriza a experiência morando longe da casa dos pais, e acredita que foi algo benéfico em vários aspectos. “Tem sido uma experiência enriquecedora. Eu amadureci muito durante este período. Aprendi a organizar minha rotina e fazer coisas que eu não fazia antes”, declarou.

Para finalizar, ela passa alguns conselhos para quem vive a mesma situação ou planeja morar sozinho durante a vida acadêmica. 

“É importante saber fazer o básico de um serviço doméstico, como cozinhar, limpar e estar preparado para pequenas manutenções no apartamento. Só que mais importante do que isso tudo é saber se relacionar com as pessoas. Principalmente em casos de você dividir a moradia com outras pessoas, é necessário o bom convívio, respeitar o espaço das pessoas, e saber resolver pequenos conflitos”, finalizou.

Quer receber nossas principais notícias pelo WhatsApp? Se sim, clique aqui, e encaminhe uma mensagem informando o seu nome.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação