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12 de maio de 2024

Saiba como é morar no edifício de janelas tortas em Maringá


Por Rafael Bereta Publicado 15/07/2023 às 08h37
 Tempo de leitura estimado: 00:00
O edifício foi entregue em 2008. Do total de janelas, 16 foram projetadas e instaladas de forma nada convencional. Foto: Montagem/GMC Online.

Ao passar pela Rua Piratininga em Maringá, é possível perceber algo diferente em um prédio existente no local. Algumas pessoas podem até achar que não estão ‘bem das vistas’. Entretanto, com um olhar um pouco mais apurado é possível notar que algumas das janelas do edifício são tortas propositalmente.

Com 48 apartamentos distribuídos em seis andares, o Edifício Guinza foi entregue em Maringá em 2008 e fica no centro da cidade. Do total de janelas, 16 foram projetadas e instaladas de forma nada convencional.

Em 2019, o GMC Online conversou com a então síndica da época, Eliana Ribeiro, que ocupava o cargo desde a entrega do prédio. Ela contou que quando comprou o apartamento, na planta, não havia reparado que o projeto já incluía as janelas em posições diferentes.

“Não percebi nos projetos. Quando estava quase pronto passei em frente e minha irmã me disse que as janelas estavam tortas”, disse em entrevista ao GMC.

Na época da entrega, o edifício havia sido pintado de cinza e os beirais das janelas receberam a cor laranja para ganhar mais destaque e chamar atenção de quem passava pela rua. Atualmente, o condomínio tem cores mais neutras.

No primeiro momento, a ex-síndica Eliana achou que os pedreiros haviam cometido algum erro. “Eu achei que iriam consertar, mas então fui olhar o projeto e vi que era uma arquitetura diferenciada”, contou a síndica ao GMC Online, que disse ainda que chegou a conversar com o arquiteto responsável pelo projeto do Guinza.

Os proprietários tiveram um único inconveniente. Ao mandarem fazer as janelas de vidro para que ficassem todas as unidades com o mesmo padrão, a empresa precisou adaptar o projeto das estruturas metálicas.

Por causa desse diferencial, o edifício se tornou um ponto de referência. Não tem quem passe e não olhe para cima ou quem não saiba onde o prédio fica. O local se tornou uma arquitetura moderna.

Atualmente, o condomínio tem cores mais neutras. Foto: Rafael Bereta/GMC Online.

Como é morar no edifício?

De acordo com a atual síndica do prédio, Valéria Grossi, grande parte dos moradores do condomínio é estudante.

“Estou há um ano e meio como síndica no prédio e até hoje quando alguém vem fazer a locação do apartamento questiona o que houve com a janela, mas com o passar do tempo acabam acostumando e até gostam do formato. Grande parte dos moradores é estudante ou pessoas que trabalham o dia todo”, explica a síndica.

Antes de Valéria ser a nova síndica do edifício, ela já foi uma das muitas pessoas que tinham uma certa curiosidade quando passava pela Rua Piratininga. Para ela, cuidar hoje da gestão do local é muito importante, pois o prédio fez parte de sua história quando chegou em Maringá.

“A Eliana que era sindica aqui me procurou e me contratou através do condomínio para que eu fizesse a gestão. Agora estou no segundo ano de mandato, mas confesso que antes de assumir o posto de síndica também fui um desses curiosos que passaram pela rua e se surpreenderam com a arquitetura moderna. No entanto, estar aqui hoje como gestora do condomínio é muito significativo para mim porque o prédio fez parte da minha historia de chegada em Maringá, de descoberta da cidade e hoje eu vejo as pessoas parando do outro lado da rua, tirando foto, acho muito legal. Acredito que o arquiteto foi muito ousado em realizar um projeto como esse”, ressalta.

Moradores

O GMC Online conversou com uma das moradores do edifício Guinza, que também é proprietária de um salão de beleza que fica no térreo. Ágata Santana Oliveira mora há dois anos e dois meses no local em um dos apartamentos com a janela torta.

“Conheci o condomínio porque vim para Maringá e comecei a trabalhar neste salão de beleza que na época não era meu. No entanto, nunca havia reparado nas janelas tortas do edifício, até que percebi que tinha algumas pessoas na rua tirando fotos, foi então que percebi que as janelas tortas eram diferentes. Um tempo depois tive a sorte de ser a moradora de uma dos apartamentos que tem as janelas não convencionais e foi um acaso que aconteceu”, explica a moradora Ágata Santana.

Visão do edifício

Apesar de chamar atenção de olhares curiosos na rua, a moradora Ágata Satana diz que olhar de dentro do apartamento para fora é normal. Segundo ela o morador não sente que a visão está torta.

“Para mim a visão é normal, porque na verdade se você ficar em frente a janela será como se estivesse em frente a uma janela padrão. Você não sente que a janela está torta, somente fora do edifício, mas isso tudo é engraçado e legal ao mesmo tempo porque não é todo lugar que alguém vai encontrar um local com janelas diferentes”, afirma.

Confira como é o edifício

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