Saiba como prevenir e tratar picada de escorpiões


Por Rafael Bereta
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Foto: Arquivo GMC Online

Um animal pequeno, que adora se esconder pode ser muito perigoso. Os casos de ataques de escorpiões no verão, período de reprodução desses animais, têm aumentado a cada dia. As crianças e os idosos são as principais vítimas. Para combater os escorpiões é preciso mais do que manter a casa limpa e usar inseticida. Saiba como se prevenir.

O escorpião está no topo da lista de animais peçonhentos que mais matam no Brasil. Cada vez mais escorpiões são encontrados em ambiente urbano, como explica o Secretário de Saúde de Maringá, Antônio Carlos Nardi.

Temperaturas elevadas sempre são mais propícias, especialmente para este tipo de infestações. Os escorpiões têm sido crescentes o número de acidentes e são notificados de algum tipo de incidente e acidente como picadas que vão procurar as unidades e que estejam registradas no município de Maringá. Nós temos numa série histórica crescente de 2022 com trezentos setenta e seis casos, 2023, quinhentos e doze casos e 2024 649 casos. Isso confirma exatamente aquilo que nós dissemos. Quanto mais nós tivermos problemas de emissões de gás de carbono, altas temperaturas, 2024 foi o ano de maior aquecimento global da história do mundo e dentro deste contexto também para essas infestações, esse tipo de ataque. especialmente com escorpiões no município de Maringá”, explica.

Ambientes que escorpiões se escondem

O secretário ainda ressalta que os escorpiões costumam se esconder em ambientes escuros e úmidos durante o dia. À noite, eles saem em busca de alimentos, principalmente baratas. Portanto, é importante prestar atenção aos espaços onde o animal se esconde, como entulhos, ralos, caixas de esgoto, e providenciar barreiras.

Ele sai para caminhar e por isso ele pode adentrar nas casas e ficar pronto para o ataque em qualquer tipo de locais que possam haver. Dentro de quartos, dentro de sapatos, inclusive estas são orientações que nós fazemos. Quando os ambientes são mais propícios ou muito tempo que você não usa, é preciso cuidar, verificar antes de calçar um sapato, que pode ter um escorpião e você pode sofrer um acidente”, afirma.

A dona de casa Eva Lopes, foi picada por um escorpião amarelo ano passado. Ela afirma que precisou ficar em repouso e observação.

Fui picada por um escorpião às seis da manhã, mas não percebi que era ele quem tinha me picado. Só notei uma pequena mancha vermelha no peito do pé. Por volta das três horas da tarde, comecei a sentir uma sensação de queimação, e o pé, desde o meio até os dedos, ficou completamente dormente. Foi então que vi o escorpião. Nesse momento, fui para o hospital, onde me realizaram uma série de procedimentos. Eles retiraram sangue da artéria, administraram medicamentos na veia, fizeram um eletrocardiograma e me colocaram em repouso para observação. Fiquei sob vigilância das 7 da manhã até as 9 da noite, e das 3 da tarde até as 9 da noite, para garantir que o veneno não se espalhasse, o que, felizmente, não aconteceu. O efeito do veneno ficou restrito ao pé e aos dedos. Depois disso, fui liberada”, comenta.

De acordo com o Secretário de Saúde de Maringá, Nardi, o aumento de escorpiões no ambiente urbano está relacionado tanto ao aquecimento global quanto ao crescimento de áreas urbanizadas e agrícolas, que oferecem aos animais lugares propícios para se esconderem e se reproduzirem, como terrenos baldios, matos, parques e até mesmo construções inacabadas. O Parque do Lingá e o Bosque de Maringá, por exemplo, são locais próximos a áreas urbanas que também apresentam essa proliferação.

Os escorpiões mais comuns na região são os amarelos, que podem causar dor intensa em suas vítimas, sendo recomendada a busca imediata por atendimento médico em casos de picada, especialmente em crianças, jovens e adultos. A orientação das autoridades de saúde é que, diante de qualquer acidente, o indivíduo procure uma unidade de saúde ou pronto atendimento para evitar complicações graves.

Em relação aos cuidados, o Secretário recomenda que, em caso de avistamento de escorpiões em casa, o morador entre em contato com o serviço de emergência municipal, ligando para o número 156. Caso consiga, o escorpião pode ser recolhido e levado até uma unidade de saúde para identificação.

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