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24 de novembro de 2024

Saiba quais sãos os bairros com maiores índices de casos de dengue em Maringá


Por Brenda Caramaschi/CBN Maringá Publicado 06/02/2024 às 12h07 Atualizado 08/02/2024 às 15h54
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O Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (Lira) foi apresentado na manhã desta terça-feira, 6, em Maringá. As regiões das unidades básicas de saúde Morangueira, Pinheiros e Tuiuti são as que apresentam índices mais altos, acima de 4%, o que é considerado alto risco para a Organização Mundial da Saúde.

Mosquito Aedes aegypti. Curitiba, 04/12/2015. Foto: Pedro Ribas/ANPr
Foto: Pedro Ribas

A região da UBS Morangueira apresentou índice de infestação de 4,19% e tem 29 casos de dengue confirmados, a da UBS Pinheiros tem 4,18% de infestação e 56 casos da doença e a da UBS Tuiuti registrou 4,02% de imóveis com foco de dengue e 20 moradores doentes. Para a Organização Mundial da Saúde, se mais de 4% dos imóveis têm focos de dengue, o risco é considerado alto. De 1% a 3,99% o risco é considerado médio, o que é o caso da região de quase 30 Unidades Básicas de Saúde de Maringá, inclusive os três distritos.

E também nessas áreas há muitos casos confirmados da doença, como explica o gerente de zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, Eduardo Alcântara Ribeiro.

“Com a apresentação do Lira hoje, a gente evidencia que algumas áreas têm um índice predial mais alto, são elas a região da UBS Morangueira, da UBS do Pinheiros e Tuiuti. Em geral, próximo a essas regiões, sempre os índices são mais altos, isso ocorreu em outros Liras, mas não necessariamente a quantidade de focos encontrados se relaciona com os casos. Então, o levantamento do índice predial tem relação com a quantidade de focos de dengue encontrada, a quantidade de larvas encontradas nas nossas expressões.”

A maior parte dos focos com as larvas do mosquito transmissor está no lixo: recipientes plásticos, garrafas, latas, entulhos e ferro velho, com 35, 97%. Seguido por depósitos móveis, como vados de planta, recipientes com degelo da geladeira e materiais de construção, com 33,69%. Esses focos estão nas casas e quintais, mas também em áreas onde o lixo é descartado incorretamente, como nos fundos de vale e nas marginais do Contorno Norte.

O secretário de Saúde, Clóvis Melo, diz que a prefeitura tem feito limpezas, mas a população precisa ajudar. 

“Maringá tem coleta de lixo, o Maringá tem coleta seletiva, Maringá tem o 156, onde você pode ligar e agendar para buscar alguma coisa lá que você não tem como levar aqui, justamente para não jogar na rua. Eu trago para você uma informação. No meu primeiro mês como secretário municipal, a gente fez um mutirão na zona norte da cidade e fomos no fundo de vale e retiramos 30 toneladas de lixo depositado irregularmente no sábado. Eu voltei na segunda-feira lá para ver como é que estava, já tinha uma tonelada de lixo. Quer dizer, se a população não auxiliar, a gente não vai conseguir vencer. Então a população tem que internalizar isso dentro do seu DNA. Nós precisamos combater o mosquito, porque eu friso, o mosquito não transmite só dengue. Ele transmite chikungunya, febre amarela, zika, que dá microcefalia…”

Apesar de Maringá não estar ainda em epidemia, outras cidades da região estão. É o caso de Floresta, Atalaia, Itambe, Uniflor e Mandaguari. Mesmo assim, a região ainda nao tem previsão de receber vacinas contra a dengue.

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As unidades básicas de saúde Morangueira, Pinheiros e Tuiuti estão com índice de infestação de 4,19%, considerado alto risco pela OMS. | Reprodução/Prefeitura de Maringá

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.

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