Secretário explica baixa produtividade de médicos nas UPAs em Maringá
A demora no atendimento médico nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Maringá, especialmente no período da tarde, tem gerado reclamações da população e levou o prefeito Silvio Barros a visitar pessoalmente a UPA Zona Norte na noite desta quinta-feira, 22. Nas redes sociais, o prefeito reconheceu a lentidão nos atendimentos e apontou a baixa produtividade das equipes médicas como principal causa do problema.
Em entrevista à CBN Maringá, o secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi, esclareceu que a situação vem sendo monitorada desde janeiro e confirmou que os períodos da manhã e da tarde concentram o maior tempo de espera. “A produtividade média dos profissionais nesses turnos não atinge três atendimentos por hora, o que contrasta com a agilidade percebida à noite, após a troca de plantão das 19h”, afirmou o secretário.
Segundo Nardi, a maioria dos atendimentos realizados nas UPAs — cerca de 70% — são de casos que poderiam ser resolvidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), o que contribui para a sobrecarga e lentidão no serviço de urgência e emergência. Apesar disso, ele destacou que as críticas da população não são direcionadas à qualidade do atendimento, mas sim ao tempo de espera. “Os pacientes elogiaram a recepção, a equipe de enfermagem e até os médicos. A principal queixa foi mesmo o tempo para ser atendido”, relatou.
Como resposta à situação, a Secretaria de Saúde abriu um processo de credenciamento para novos médicos. O edital permanece aberto até o dia 30 de maio e, até o momento, já conta com mais de 110 inscritos. Os envelopes com a documentação dos candidatos serão abertos a partir de 2 de junho. A intenção, segundo o secretário, é substituir profissionais com produtividade abaixo do esperado e preencher lacunas assistenciais.
“A maioria dos médicos atuais é credenciada, e por isso pode ser substituída caso a avaliação de desempenho não seja satisfatória. Estamos agindo com responsabilidade, buscando garantir um serviço mais eficiente à população”, concluiu Nardi.
