Quem sabia da paralisação dos motoristas de ônibus programada para esta segunda-feira, 12, em Maringá, acordou preocupado. Mas a paralisação não aconteceu. Logo cedo, as empresas de transporte coletivo Cidade Canção e Cidade Verde informaram que a frota estava rodando normalmente e sem atrasos.
Pela manhã, muita gente decidiu arriscar e tentar pegar um ônibus. Gabriel Lima tinha até um plano B. “Acordei um pouco mais cedo e tentei arriscar no ponto. Aí consegui e acabei pegando. Mas [já tinha planos] de vir de carona”, explicou. Mas com os ônibus circulando, não houve prejuízos à população.
Na sexta-feira, 9, uma decisão da Justiça do Trabalho determinou que em caso de greve, 70% dos ônibus circulassem normalmente nos horários de pico, das 5h às 9h e das 17h às 20h. Em caso de descumprimento a multa seria de R$ 100 mil. A Justiça também proibiu que grevistas impedissem a saída de ônibus das garagens. E ficou marcada para essa terça-feira, 13, às 9h, uma audiência de conciliação.
Um motorista, que preferiu não se identificar, disse que a categoria decidiu esperar uma proposta das empresas nessa audiência de conciliação. “A gente entrou em consenso com o sindicato para saber a resposta da empresa, se vai ter algum acordo, para a gente decidir depois. [Se não tiver], aí vai parar, 24 horas”, detalhou.
Em fevereiro deste ano, os motoristas de ônibus fizeram uma greve de quase dez dias porque os salários de janeiro não tinham sido pagos integralmente. A categoria pede reajuste salarial, que segundo o sindicato, não é pago há dois anos. A empresa alega desequilíbrio financeiro em função da pandemia que reduziu o número de viagens. No começo do ano a TCCC informou um rombo de R$ 24mi.
Corre na Justiça uma ação em que a empresa pede auxílio financeiro ao município. A TCCC informou que a ação está na fase de perícia.