Sem hotel, família dorme no carro para acompanhar parente internado
Sem hotel aberto, uma família precisou dormir no carro para acompanhar um parente hospitalizado. A situação dramática aconteceu em Maringá, única cidade da região que proibiu o funcionamento de hotéis durante o período de isolamento social. A rede hoteleira entrou na Justiça para tentar voltar a funcionar.
Desde o fechamento dos hotéis em Maringá, os empresários do setor estão tentando dialogar com a Prefeitura de Maringá para expor argumentos.
Segundo o empresário Erasmo Ramos, o primeiro argumento é que hotel não é só turismo.
De acordo com ele, muitos trabalhadores em serviços essenciais precisam de hospedagem. Neste período de isolamento, por exemplo, uma equipe da Secretaria de Saúde do Paraná que veio a Maringá para tratar de casos da Covid-19, não pôde se hospedar na cidade porque não tinha hotel aberto.
Outra situação marcante foi relatada por ele: uma família que precisou dormir num carro porque é de outra cidade e um parente acidentado estava hospitalizado em Maringá.
Como o diálogo não deu resultado, foi preciso entrar na Justiça, explica Ramos.
“O que ocorre é que os hotéis de Maringá constataram que, em outras regiões do Brasil e do Paraná, inclusive em locais de pico como Rio de Janeiro e São Paulo, estão todos com os hotéis abertos. Em Maringá, o tratamento recebido pelos proprietários foi muito diferente. O setor hoteleiro não é só uma questão de turismo, mas sim um serviço essencial. Diversos segmentos da sociedade visitam a cidade diariamente e precisam ter onde se hospedar”, declarou o empresário.
Um segundo argumento da rede hoteleira é que os hotéis têm capacidade de atender sem problemas às recomendações de prevenção, porque afinal, hotel não é local de aglomeração, diz o empresário.
A prefeitura tem 72 horas para se manifestar em relação ao pedido de reabertura de hotéis feito à Justiça.
Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.
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