Tarifa zero? PlanMob discute subsídio para o transporte coletivo em Maringá

Quando as empresas pagam vale-transporte aos funcionários para que eles se desloquem de ônibus estão subsidiando o transporte público e ajudando a desafogar o trânsito das cidades. Mas é cada vez maior o número de trabalhadores informais ou sem vínculo com empresas, que pagam a tarifa integralmente.
Eles são fortes candidatos a abandonar o sistema de transporte público e migrar para o transporte individual, geralmente utilizando motocicletas, que permitem uma viagem mais rápida e mais barata.
Uma solução individual que afeta de forma negativa a coletividade. O Plano de Mobilidade Urbana de Maringá (PlanMob), que está emdesenvolvimento, tem como um dos objetivos propor soluções para o transporte público.
Ele precisa ser rápido, barato e confortável. Uma das medidas adotadas nos países mais desenvolvidos é o subsídio da tarifa, que melhor ainda se for integral. 65 cidades brasileiras já adotam a tarifa zero no transporte público.
O coordenador do estudo para elaboração do PlanMob, Ricardo Mendanha, diz que os ônibus precisam ser atraentes para toda a população, independentemente da classe social. “O transporte coletivo tem de ser bem melhor, sem essa imagem ruim de que o ônibus é feito somente para pessoas sem recursos. Ele tem de ter qualidade, velocidade e precisa ter confiabilidade, as pessoas precisam saber que o ônibus vai passar e chegar no destino no horário certo e tem que ser acessível, não só para as pessoas do ponto de vista físico, mas também econômico. Todas as pessoas precisam ter acesso ao transporte”, afirmou.
O tema foi discutido na primeira reunião técnica do PlanMob nesta segunda-feira, 4. As reuniões prosseguem nessa terça-feira, 5.
