Em meio à agitação da Rua Santos Dumont, em Maringá, uma pequena oficina de chaveiros guarda mais do que apenas cópias de chaves. Lá, Omar Antunes de Lima, comanda o negócio que, há 40 anos, faz parte de sua vida. Começando como aprendiz e se transformando em referência na área, o chaveiro acompanhou o desenvolvimento do ofício e a chegada das novas tecnologias que revolucionaram sua profissão. Atualmente o técnico em chaves trabalha no mesmo ponto há 37 anos.
“Eu comecei na escola de aprendizes em 1985. Era muito jovem e nem sabia o que queria da vida, mas quando peguei a primeira chave na mão e entendi a importância do nosso trabalho, me apaixonei”, conta Omar ao GMC Online, lembrando com carinho do início de sua carreira.
Na época, o serviço de chaveiro era predominantemente manual e exigia precisão e paciência. “Ser chaveiro é um trabalho muito detalhista, você precisa ter foco, porque qualquer erro pode fazer o cliente não conseguir entrar na casa dele. Isso traz uma responsabilidade muito grande”, explica ao GMC Online.
De chaves manuais a fechaduras eletrônicas
Com o passar dos anos, o chaveiro de Maringá percebeu que a profissão também exigia constante inovação. O mercado, que antes se restringia a chaves mecânicas, agora demanda serviços mais complexos, como instalação de sistemas de segurança, fechaduras eletrônicas e portas digitais.
Para ele, o segredo para o sucesso em uma profissão tão tradicional está justamente em se reinventar. “Eu sempre busquei me atualizar, aprender sobre as novas tecnologias. O cliente confia mais em quem domina as novidades do mercado”, complementa o chaveiro.
Formador de profissionais
Além de inovar, o chaveiro Omar também tem orgulho de ser mentor de novos chaveiros. Ao longo dos anos, ele ajudou a formar vários profissionais que, segundo ele, naturalmente seguiram seus passos e abriram seus próprios negócios em Maringá. “Já ensinei muita gente. Por exemplo, tem muitos chaveiros por aí que começaram comigo. Hoje em dia, alguns deles até têm empresas próprias”, conta com um sorriso.
Para ele, transmitir conhecimento não só faz parte da evolução da profissão, mas também é fundamental para o crescimento do setor. “Eu gosto de ver que o que eu ensinei fez diferença na vida dessas pessoas. Além disso, para ser um bom chaveiro, além da técnica, você precisa ter ética e tratar o cliente com respeito”, conclui.
O futuro da profissão
Com quatro décadas de experiência, Omar acredita que o futuro do chaveiro está cada vez mais vinculado à tecnologia. No entanto, ele ressalta a importância de manter o foco no que sempre fez o ofício relevante: a confiança do cliente.
“Mesmo com todas essas mudanças, no final das contas, a confiança é o que mais importa. O cliente precisa saber que pode contar com você. E isso não muda, seja com chaves mecânicas ou com portas digitais”, finaliza o chaveiro de Maringá.
O serviço e atendimento e realizado 24 horas por dia, garantindo que seus clientes tenham suporte sempre que necessário. Para isso, ele conta com uma van equipada com diversas ferramentas, permitindo que esteja sempre preparado para qualquer desafio. “Estar sempre disponível é parte do meu compromisso com a comunidade”, afirma Omar.
Além disso, ele expressa sua alegria ao ter uma de suas filhas, Lorraine, trabalhando ao seu lado: “É uma satisfação enorme ver minha filha aprendendo o ofício e compartilhando esses momentos comigo”, pontua.
Fotos: Rafael Bereta/GMC Online