Foi numa pancada de chuva rápida mas intensa que parte da pista emborrachada do Parque do Ingá foi arrancada. A pista havia sido inaugurada há pouco mais de um ano e parte dela, no trecho da Avenida Laguna, foi levada na enxurrada que completou um ano neste 22 de fevereiro.
A imagem da pista sendo levada pela água impressionou e circulou pelas redes sociais. Na época, a prefeitura estimou que 20% da pista foi danificada.
O maratonista Fernando Alex Fernandes sempre treina no Parque do Ingá e lembra da cena que viu naquele dia. “Fui treinar lá momentos depois que a pista havia sido arrancada e ao chegar lá a cena era horrível, borracha na calçada, foi uma judiação ver parte da pista daquele jeito completamente destruída”, disse
Um ano depois, o trecho foi refeito com asfalto entre 3 e 4 centímetros abaixo da camada de borracha.
De acordo com a Prefeitura de Maringá, a pista emborrachada “será recolocada após a finalização do estudo desenvolvido pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico, vinculada à UEM, que vai identificar quais medidas estruturais podem ser adicionadas ao sistema de drenagem atual no entorno do Parque do Ingá.”
Na época em que o trecho foi refeito com asfalto, o secretário de Mobilidade Urbana, Gilberto Purpur, explicou que sem solucionar o problema de drenagem, não seria viável instalar novamente a pista de borracha.
“Se não tiver alguma ação em cima da rede de drenagem, corre-se o risco em uma eventualidade ter uma tempestade como houve daquela última vez da gente perder o serviço novamente. Então, a pista será recuperada em asfalto até que se decida o aumento correto para colocar a borra sobre esse novo pavimento”, afirma.
Na avaliação do maratonista, o trecho que foi refeito com asfalto ficou até melhor para quem corre. Ele diz que onde há pista emborrachada, não é tão confortável para correr. “Eu acho que se a prefeitura tivesse feito com asfalto anteriormente, acho até que a população maringaense teria aceitado numa boa e teria resolvido o problema e não teria gasto tanto dinheiro”, disse.
Segundo a administração, a “fundação apresentou os dois primeiros relatórios para buscar soluções sobre o problema hídrico no Parque. O terceiro e último relatório deve ser apresentado em breve”, afirmou a nota.
Em outubro, a fundação instalou dois poços de infiltração para testar soluções de drenagem no entorno do parque. A instalação da pista emborrachada no entorno do Parque do Ingá custou R$ 3,9 milhões.