11 de junho de 2025

Três bombeiros de Maringá vão ajudar no combate ao fogo no Pantanal


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 15/09/2020 às 13h48 Atualizado 25/02/2023 às 13h33
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Estiagem e os incêndios no Pantanal altera a paisagem em Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso. Foto: Mayke Toscano/Secom-MT/Agência Brasil

Três bombeiros de Maringá viajam nesta terça-feira, 15, para o Pantanal, para ajudar no combate aos incêndios. Eles vão primeiramente a Londrina, onde se encontrarão com outros bombeiros do estado. Em comboio de viaturas, ao todo 30 bombeiros do Paraná seguirão para o Mato Grosso do Sul. Uma viagem de aproximadamente mil quilômetros.

O destino é o Pantanal, que arde em chamas há várias dias. Por duas semanas, o grupo de bombeiros do Paraná irá ajudar no combate ao incêndio ambiental.

A tenente Luisiana Cavalca, de Maringá, está nesta missão. Uma missão inédita na carreira dela, mas para a qual tem preparação. Além dela, o 1º Sargento José Luiz e o Cabo Bruno, ambos do 5º Grupamento de Bombeiros, também foram escalados para a missão.

“Eu tenho curso de formação nessa área, de prevenção e combate a incêndio florestal. Já tenho cursos específicos também de pós-graduação nessa área, mas ir para uma operação como essa, grandiosa como essa, nunca tive oportunidade”, diz.

Os equipamentos também são apropriados para o trabalho. “Nós temos uma roupa específica que é capaz de retardar a queima. Ela não é incombustível, mas demora um pouco mais para ‘pegar fogo’. A bota é a que nós usamos com o nosso fardamento, usamos peneira, luvas, capacete, óculos, além de muito repelente e máscara, porque vai ter muito mosquito e a fumaça também vai ser muito intensa”, destaca.

Mas os riscos são muitos. Num combate tão intenso como este do Pantanal, os bombeiros precisam estar sempre atentos ao ataque de animais, estressados com o fogo e a fumaça e com a própria armadilha das chamas. Enquanto trabalha, o bombeiro precisa visualizar uma rota de fuga.

“Para não correr risco, nós temos que ter muitos cuidados e realmente seguir os protocolos de segurança”, reforça a tenente. Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.

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Fogo atinge últimos redutos de onças no Pantanal

Tarde de mormaço no Pantanal de Mato Grosso. Pelo Rio São Lourenço, corre a informação, de barco em barco, que uma onça-pintada está cercada pelo fogo na margem de um afluente do curso, a montante. Num cais da localidade de Porto Jofre, em Poconé, a 290 quilômetros de Cuiabá, o “piloteiro” Vandir Garcia, o Cabelo, diz à equipe do Estadão que pode chegar com sua voadeira até o animal em 45 minutos.

É a maior série de queimadas na região nas últimas duas décadas, informa o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). As labaredas engoliram 2 milhões de hectares, uma área equivalente a dez vezes os territórios dos municípios de São Paulo e Rio juntos, destaca o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “O fogo neste ano aqui está muito brabo. Os animais não conseguem escapar”, afirma Cabelo, um paraguaio de 49 anos, há 30 em serviços de transporte nos caudalosos cursos de água.

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