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19 de abril de 2024

Sindicatos aguardam decisão do Governo para deliberar sobre greve


Por Victor Simião/CBN Maringá Publicado 07/08/2019 às 22h16 Atualizado 23/02/2023 às 19h42
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O Governo do Paraná ainda não enviou o projeto de lei relativo ao reajuste salarial do funcionalismo público em 2019 para a Assembleia Legislativa do Estado (Alep). Enquanto isso, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) segue em greve. Sindicatos já informaram que esse é último movimento esperado para que a greve se encerre.

No início da semana, havia expectativa de que a proposta fosse encaminhada ainda na segunda (5), o que não aconteceu.

Naquele momento, a informação da liderança do Governo era de que ainda havia algumas dúvidas e que o Executivo precisava de respostas. Algumas reuniões foram feitas nesta terça (6) e quarta-feira (7).

A CBN apurou que alguns pontos foram esclarecidos. Entre eles, o fato de que parte dos sindicatos, inclusive de Maringá, só discutiria o fim da greve caso o projeto fosse encaminhado. Nada diferente disso.

O envio da proposta por parte do Governo é considerado a última das medidas para haver a deliberação sobre o encerramento da greve em boa parte das universidades estaduais no Paraná. No caso da UEM, o comando de greve informou que aguarda só essa medida para deliberar sobre o assunto.

Um parlamentar consultado pela reportagem, envolvido nessas conversas, informou que a Casa Civil do Paraná vai enviar o projeto à Alep até sexta-feira (9). A proposta deve ser discutida na próxima semana na Casa. Já a assessoria de imprensa da Casa Civil disse que o programado é enviar o projeto na semana que vem.

O que se sabe da proposta até agora é que será de 5,08%, que foi a última proposição feita pelo Governo, e de forma parcelada – 2%, com pagamento em janeiro de 2020, e as outras duas 1,5%, com pagamentos em janeiro de 2021 e janeiro de 2022, se houver disponibilidade financeira no caixa do Estado.

Os servidores da UEM rejeitaram e aprovaram a continuidade da greve em 17 de julho.

Na UEM, a greve dos servidores começou em 26 de junho. O principal motivo era a falta de reajuste salarial. Os servidores, de início, pediam a reposição dos últimos 12 meses: 4,94%. Eles estão sem reajuste desde 2015.

Agora, após ter passado mais de um mês da greve, com algumas universidades tendo voltado às aulas, com a renovação de contrato dos 104 temporários e a volta do calendário acadêmico na UEM, a data-base é a questão crucial.

A queda de braço envolvendo Governo e Universidades dura mais de um mês.

Entre as ações mais recentes para finalizar a greve houve a liberação para que as universidades contratassem professores temporários – 104, no caso da UEM.

O Governo informou que a liberação estava condicionada à entrada das universidades no Meta4, um sistema de gerenciamento estadual. Das sete instituições de ensino superior públicas, apenas duas estão nele: Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp) e Universidade Estadual do Paraná (Unespar).

Na visão da UEM e Universidade Estadual de Londrina (UEL), que vinham usando acórdão para não enviar os dados solicitados pelos governos anteriores, o Meta4 fere a autonomia universitária. É que o sistema terá todo o controle de gastos e afins; o que impediria decisões das próprias universidades.

A assessoria da reitoria da estadual de Maringá informou que não havia recebido documento oficial relativo ao Meta4 até segunda-feira, e que, por isso, não se manifestaria.

Ouça a reportagem na CBN Maringá.

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