UPA de Maringá tem noite com relatos de dor e cansaço: ‘Estamos aqui há mais de 10 horas esperando’
Foi mais uma noite de dor, cansaço e revolta para muitos pacientes na UPA Zona Norte em Maringá. Nesta segunda-feira, 23, dezenas de pessoas foram ao local em busca de atendimento médico, a maioria com sintomas gripais. A reclamação era generalizada em relação ao tempo de espera. Pacientes foram informados que cinco médicos atendiam, mas demora era grande.
Eles estavam sentados na parte de dentro, numa cobertura fora e até na calçada. Alguns ficaram no chão por falta de espaço, como é o caso do Henrique Fernandes, que foi à UPA depois de passar mal no trabalho. “Estou com dor e febre, dor de garganta, cheguei aqui 14h30 e ainda não fui atendido, não tem lugar nem para sentar”, afirmou.
Alguns paciente estavam há mais de 10 horas no local sem atendimento. “Estamos aqui desde às 9 da manhã para ser atendido e agora são 7 horas da noite e ainda não fomos atendidos, estamos há mais de 10 horas esperando. Isso é um absurdo, é um descaso com a população, estou com muita dor, fez a triagem, mas não chama”, disse Marco de Jesus.
Drama de pacientes e também de parentes que faziam o acompanhamento. Manoel Macedo levou a mãe de 77 anos e não conseguia atendimento. “Ela tem 77 anos, já vim aqui três vezes, falaram que não era emergência e tive que voltar, ela está ali sentada, com muitas dores, eu não sei mais o que fazer” comentou.
O GMC Online entrou em contato com assessoria da Prefeitura de Maringá para um posicionamento. A prefeitura respondeu por meio de nota. Leia na íntegra:
“A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Saúde, informa que há uma grande procura por atendimento no sistema de saúde, tanto público quanto privado, que se reflete na demanda por atendimentos nos hospitais e também nas UPAs. Maringá, assim como todo Brasil, está passando por aumento de casos de sintomas respiratórios, o que consequentemente, gera maior procura por atendimento, que segue ininterruptamente. A Secretaria Municipal de Saúde vem tomando diversas medidas para aliviar a pressão sobre o sistema de saúde municipal, como a abertura do atendimento pediátrico também na Zona Sul, instalação de laboratório para exames no Pronto atendimento infantil da Zona Norte e credenciamento constante de médicos. Também segue promovendo ações para aumentar o conforto e diminuir o tempo de atendimento nas unidades.”
Reportagem atualizada às 12h24 para acrescentar nota retorno da Prefeitura de Maringá.
