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21 de dezembro de 2024

Violinista atrai atenção nas ruas de Maringá


Por Rafael Bereta Publicado 21/12/2024 às 05h03
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Carlos Rodrigues, de 26 anos, que encontrou na música mais do que uma profissão. Foto: Rafael Bereta

A música tem um poder incrível de mexer com os sentimentos. Ela nos faz lembrar, sorrir e chorar. Quem tem o dom da música geralmente não consegue esconder e precisa dividir com outras pessoas. É o que acontece com violinista Carlos Rodrigues, de 26 anos, que encontrou na música mais do que uma profissão – descobriu um caminho para superar desafios, conectar pessoas e transformar vidas.

Nascido em São Paulo, hoje vive em Maringá, onde estuda Música na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e divide seu tempo entre as aulas, o estágio e apresentações nas ruas da cidade.

A paixão pela música

A paixão pela música começou ainda na adolescência, aos 13 anos, quando ganhou seu primeiro violão de presente de aniversário. Incentivado por uma tia, que sempre o apoiou, Carlos iniciou nas aulas de música e nunca mais parou. O que começou como um hobby logo se transformou em propósito.

“A música representa vida para mim. É uma maneira de sair da realidade, de encontrar um estado de êxtase que nada mais me proporciona”, diz.

Apesar do talento e da paixão, o caminho nem sempre foi fácil. Carlos lembra de um momento marcante em São Paulo, quando, sem dinheiro para voltar para casa, usou o violino que carregava para tocar na rua. A experiência foi um ponto de virada.

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Carlos encontrou nas ruas de Maringá um palco vivo, onde histórias se cruzam com emoções. Foto: Rafael Bereta

“Saquei o violino e toquei. Consegui R$ 50, o suficiente para voltar e ainda levar algo para casa.” Foi assim que ele descobriu o poder transformador da música – tanto para si quanto para os outros”, destaca.

Com o tempo, tocar nas ruas deixou de ser apenas uma solução para emergências e se tornou parte de sua rotina. Carlos encontrou nas ruas de São Paulo e, depois, em Maringá, um palco vivo, onde histórias se cruzam e emoções vêm à tona. Ele conta sobre a vez em que uma mulher se emocionou ao ouvi-lo tocar “Aleluia”. A música trouxe à tona lembranças de seu casamento com o marido falecido, um momento de conexão que exemplifica o impacto que a música pode ter.

Atualmente

Hoje, além de estudar na UEM, Carlos é estagiário no Centro de Ação Cultural e participa da Associação Passantes e Pensantes, onde dá aulas de violão. Mesmo com uma rotina intensa, ele encontra tempo para levar música às ruas de Maringá e para se apresentar em eventos. Entre as músicas que não podem faltar em seu repertório estão “Vida 2”, da banda independente Zapadeirinho, “Anunciação”, de Alceu Valença, e até a trilha sonora do jogo “Mario Bros”, que sempre arranca sorrisos do público.

“Eu acredito que a música tem poder para transformar vidas, influenciar emoções e elevar a vibração das pessoas. Para mim, cada nota tocada é uma forma de deixar o mundo um pouco melhor, nem que seja por alguns minutos”, ressalta o músico.

Com planos de concluir a faculdade, alcançar estabilidade emocional e financeira e abandonar hábitos que já não condizem com seu futuro, Carlos segue sonhando e inspirando. Sua história é um lembrete de que, em meio a desafios, a arte pode ser um refúgio, uma força e um caminho para recomeçar.

Quem quiser acompanhar seu trabalho pode encontrá-lo no Instagram, @carlos_rodrigues, ou contratá-lo para eventos no número 11 9 6734-5376. Carlos Rodrigues é mais do que um músico; é um contador de histórias, um semeador de emoções e um exemplo de resiliência.

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Carlos Rodrigues é mais do que um músico; é um contador de histórias, um semeador de emoções. Foto: Rafael Bereta

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