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19 de dezembro de 2025

Compra de pontos em CNH: Empresas de Maringá e Campo Mourão são suspeitas de comandar quadrilha, diz delegado


Por Monique Manganaro, com informações de Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 16/12/2020 às 14h59 Atualizado 26/02/2023 às 15h53
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Foto: Polícia Civil

A Polícia Civil do Paraná cumpriu, na manhã desta quarta-feira, 16, dezenas de mandados judiciais contra uma quadrilha suspeita de fraude em pontos de Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A suspeita, segundo o delegado Edgar Dias Santana, é que a organização seja comandada por empresas de Maringá e Campo Mourão. 

De acordo com ele, a investigação começou em março deste ano, após o recebimento de uma denúncia feita pelo Departamento Estadual de Trânsito do Paraná (Detran-PR). 

Os investigadores analisaram mais de mil documentos e constataram irregularidades. “Constatamos que alguns proprietários de veículos estavam indicando como condutores de seus veículos pessoas já falecidas. Constatamos, também, que pessoas vivas estavam sendo indicadas como condutoras de veículos referentes a multas ocorridas no mesmo dia, em horários próximos, no entanto, em locais e com veículos diferentes”, explicou Santana. 

Segundo Adriano Furtado, diretor de operações do Detran no Paraná, a identificação da fraude foi possível graças à rotina de avaliação do órgão, para verificar a normalidade. Agentes visualizaram nos sistemas um grupo de indicações fora do que é considerado comum. “Fizemos avaliações internas e entendemos que poderia existir uma conduta criminosa em curso. Encaminhamos à delegacia de delitos de trânsito, eles fizeram uma investigação e acabaram chegando na operação de hoje, que confirmou nossas suspeitas: existe uma organização criminosa operando a compra e venda de pontos na indicação de condutores”, acrescentou Furtado. 

Conforme o delegado, com os dados, a polícia conseguiu identificar proprietários de veículos, falsos condutores indicados para receber os pontos na CNH e também as empresas que faziam o elo entre proprietário e condutor. Segundo depoimento de alguns dos investigados, o preço para transferir 19 pontos de uma CNH poderia chegar a R$ 1 mil. 

No total, os 250 policiais civis envolvidos na ação cumpriram nove mandados de prisão temporária e 119 de busca e apreensão em: Cambé, Campo Mourão, Cianorte, Curitiba, Foz do Iguaçu, Janiópolis, Londrina, Marialva, Maringá, Paiçandu, Porto Rico, São Jorge do Ivaí, Sarandi e São José dos Pinhais. Entre pessoas físicas e jurídicas, eram 86 alvos. 

Segundo o delegado do caso, os policiais conseguiram efetuar prisões e encaminhar outros suspeitos para serem ouvidos na delegacia. Documentos também foram apreendidos. O resultado da operação deve ser liberado na tarde desta quarta-feira. 

De acordo com o diretor de operações do Detran-PR, a partir das irregularidades encontradas, o órgão decidiu aprimorar as rotinas dentro dos sistemas para evitar futuras fraudes similares. 

“Estamos impondo novas rotinas de buscas, por exemplo a questão de óbitos. Passa-se a analisar num banco de óbitos o condutor indicado. Além de outras ações, como a questão de localização. São questões que o Detran tem em desenvolvimento e que visam direcionar a punição ao real infrator”, disse. 

Os suspeitos de envolvimento com a quadrilha podem ser indiciados por falsidade ideológica. 

Durante as buscas foram apreendidos aproximadamente 50 quilos de pedras preciosas em estado bruto.

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