Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

16 de dezembro de 2025

Congelar salário mínimo e reduzir gastos tributários podem virar jogo no Brasil, diz Fraga


Por Agência Estado Publicado 12/04/2025 às 19h40
Ouvir: 00:00

O ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga sugeriu a adoção de medidas como o congelamento do salário mínimo em termos reais e a redução de gastos tributários como parte de um cardápio de ações que mudaria o cenário fiscal do País. Para ele, o Brasil é um paciente “grave”, mas não em estado terminal, o que exige um diagnóstico frio. Ele participa do painel “Economia: Trump, Tarifas e o Fim da Globalização?”, na 11ª. Brazil Conference, evento anual realizado pela comunidade brasileira de estudantes na região de Boston que ocorre neste sábado, 12.

“Uma coisa, talvez, realista, para o atual governo, seria algo que fosse palatável para o atual presidente. Eu acho que deveria ser palatável o seguinte cardápio. Congela o salário mínimo, que não é palatável, mas não dá para fazer o salário mínimo ficar crescendo 2,5% nessas circunstâncias, e reduz os gastos tributários em 2% do PIB. Isso daria uns 3% do PIB, e eu acho que virava o jogo”, disse.

Ele também defendeu a necessidade de novas reformas do Estado, ponderando que boas mudanças já foram obtidas com as reformas trabalhista, da Previdência e do saneamento. No caso do gasto público, ele reiterou a necessidade de revisão das despesas, levando em conta um cenário fiscal que apresenta sintomas insustentáveis como os juros altos.

Arminio disse que o problema mais claro de todos é a Previdência, que precisa de uma nova grande reforma. “Uma boa já seria, provavelmente, congelar o salário mínimo em termos reais. Seis anos congelados já ajudaria”, afirmou.

Em relação à harmonização das políticas fiscal e monetária, Fraga lembrou que o único tema que não se discutia nos almoços com o Ministério da Fazenda na época em que presidiu o BC era o Comitê de Política Monetária (Copom). Para ele, o cenário atual do Brasil, com juro real elevado implica na necessidade de apoio do lado fiscal. “O chamado mix de política macro, fiscal e monetário, hoje, é um diagnóstico óbvio que está faltando apoio do lado fiscal”, disse.

Questionado sobre a eficácia do arcabouço fiscal, Arminio disse que sua execução “é a mesma coisa que pilotar uma Ferrari, no Memorial Drive a 300 quilômetros por hora: Vai bater”.

Ele também ponderou que, para além da questão econômica, há outros problemas que o Brasil precisa enfrentar, que têm peso relevante, especialmente a segurança e o crime organizado.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Demanda e custos operacionais pressionam Diesel S-10 no início de dezembro, mostra IPTL


O diesel S-10 subiu 0,16% no início de dezembro, sustentado por uma demanda mais intensa e por custos operacionais que…


O diesel S-10 subiu 0,16% no início de dezembro, sustentado por uma demanda mais intensa e por custos operacionais que…

Economia

Ouro fecha em queda em meio a ajuste de expectativas sobre política monetária nos EUA


O contrato futuro de ouro fechou a terça-feira, 16, em leve baixa, apesar da queda do dólar, em meio a…


O contrato futuro de ouro fechou a terça-feira, 16, em leve baixa, apesar da queda do dólar, em meio a…

Economia

Leilão para escolha do novo operador dos trens urbanos do Rio será em janeiro de 2026


Um leilão judicial para a escolha do novo operador dos trens urbanos do Rio de Janeiro foi marcado para 27…


Um leilão judicial para a escolha do novo operador dos trens urbanos do Rio de Janeiro foi marcado para 27…