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16 de dezembro de 2025

‘É revoltante pedir caipirinha e tomar metanol’, diz mulher que ficou cega após intoxicação


Por Agência Estado Publicado 12/10/2025 às 21h45
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Uma vítima de intoxicação por metanol ficou permanentemente cega após ingerir bebida alcoólica contaminada. Radharani Domingos, de 43 anos, está a 18 dias sem enxergar após a contaminação e ficou internada por 15 dias até receber alta, na última semana. Ela foi uma das primeiras pacientes intoxicadas a se manifestar publicamente.

“Por alguns momentos eu achei que eu fosse ver as minhas paredes, mas eu estou só tateando”, disse Radharani enquanto andava pela sua casa, em uma entrevista ao Fantástico, da TV Globo, neste domingo, 12.

Radharani afirmou que foi ao bar Ministrão no dia 19 de setembro para comemorar o aniversário de uma amiga nos Jardins, bairro da zona oeste de São Paulo. No dia seguinte, a designer de interiores passou mal, relatou problemas na visão e foi encaminhada para um pronto socorro. O bar Ministrão foi interditado pela vigilância sanitária após relatos de casos de contaminação de bebidas por metanol.

De acordo com a irmã de Radharani, Lalita Domingos, os primeiros exames de sangue não detectaram a substância e ela foi encaminhada para a investigação de um possível acidente vascular cerebral (AVC), antes de ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde permaneceu por mais de uma semana.

O metanol foi identificado nos exames de Radharani apenas 10 dias depois de sua internação. Um médico oftalmologista, que tratou da design de interiores após a intoxicação, afirmou que o quadro de cegueira era irreversível, mas recomendou um tratamento ainda sem comprovação científica, que pode trazer resultados à longo prazo.

“A revolta nesse momento é tentar entender porque estão adulterando a bebida. Me envenenaram e estão envenenando outras pessoas. É revoltante você pedir caipirinha e tomar metanol”, afirmou Radharani.

Quase um mês depois da intoxicação, Radharani afirmou ao Fantástico que está se adaptando à nova realidade e que tem esperanças de voltar a enxergar, mesmo com o diagnóstico permanente.

“Um pouco de alívio de sair do ambiente hospitalar depois de 15 dias e um pouco de pânico. Eu sou muito ativa em casa, eu sou muito ativa na vida e aí você parar, depender totalmente. Não dá para descrever”, explicou Radharani.

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