21 de julho de 2025

Famílias brasileiras gastaram mais com alimentação e bebidas pelo nono mês consecutivo


Por Agência Estado Publicado 10/06/2025 às 15h58
Ouvir: 02:32

As famílias brasileiras gastaram mais com alimentação e bebidas em maio pelo nono mês consecutivo. O grupo Alimentação e bebidas acumulou uma alta de 7,33% nos 12 meses encerrados em maio. No mesmo período, a taxa registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 5,32%, segundo informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em maio, a alta acumulada em 12 meses no preço do café moído alcançou 82,24%, maior variação desde o início do Plano Real, em julho de 1994.

Segundo Fernando Gonçalves, gerente do IPCA no IBGE, o clima afetou a produção de café.

“Afetou a produção inclusive em outros países produtores, houve escassez mundial. Já tem sinais de aumento na produção no campo, mas até chegar na ponta leva tempo”, lembrou Gonçalves. “Situação semelhante aconteceu com o chocolate. E também foi por conta de problemas de produção mundial (de cacau). Teve problema de quebra de safra em grandes países produtores, por efeitos climáticos. Tudo isso acabou trazendo pressão de alta no cacau.”

O grupo Alimentação e bebidas saiu de um avanço de 0,82% em abril para alta de 0,17% em maio, um impacto de 0,04 ponto porcentual sobre o IPCA do último mês.

A alimentação no domicílio avançou 0,02% em maio. Houve quedas no tomate (-13,52%), arroz (-4,00%), ovo de galinha (-3,98%) e frutas (-1,67%). Entre as altas, os destaques foram a batata-inglesa (10,34%), cebola (10,28%), café moído (4,59%) e carnes (0,97%).

“Batata e cebola tiveram redução de oferta. Tomate teve aumento de oferta, assim como as frutas de uma forma geral”, disse Gonçalves, citando ainda uma melhora na oferta de arroz e de ovo no mercado doméstico. “Tudo isso acaba trazendo esse alívio para o bolso do consumidor.”

A alimentação fora do domicílio aumentou 0,58% em maio. O lanche subiu 0,51%, e a refeição fora de casa encareceu 0,64%. Segundo Gonçalves, os alimentos fora de casa subiram mais que os alimentos no domicílio porque sofrem pressão também de repasse de outros custos.

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