Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

18 de dezembro de 2025

FGV/Icomex: efeitos dos tarifaços de Trump ainda não repercutem na balança comercial de março


Por Agência Estado Publicado 15/04/2025 às 09h17
Ouvir: 00:00

Os anúncios de elevação de tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ainda não repercutiram na balança comercial de março. As exportações agropecuárias brasileiras podem ser beneficiadas, mas as de manufaturados ainda são dúvida. A avaliação consta no relatório do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) divulgado nesta terça-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

“As perspectivas para a balança comercial em 2025 ainda dependem de um maior esclarecimento do cenário que irá prevalecer. Ganhos, se o Brasil tiver, seriam na área de agropecuária. Na transformação, se os países asiáticos, exceto China, continuarem com tarifas de 10%, os ganhos de calçados, vestuário, muitas vezes citados, podem não ocorrer”, apontou a FGV.

A balança comercial brasileira teve um superávit de US$ 8,2 bilhões em março, impulsionado pelas trocas comerciais com a China, que geraram um superávit de US$ 4,2 bilhões para o Brasil em março, após dois meses consecutivos de déficits.

“Espera-se que nos próximos meses, com o envio da soja para esse mercado e possível aumento nas vendas de outros produtos da agropecuária, a depender, dos rumos da ‘guerra comercial’ Estados Unidos e China, os superávits se acumulem”, previu a FGV.

No acumulado do primeiro trimestre de 2025, o Brasil teve um superávit de US$ 10,0 bilhões na balança comercial, resultado inferior ao de igual período de 2024, quando o saldo brasileiro era positivo em US$ 18,5 bilhões. O superávit no comércio com a China passou de US$ 8,7 bilhões no primeiro trimestre de 2024 para US$ 745 milhões no primeiro trimestre de 2025.

O relatório do Icomex ressalta que a política comercial de Trump já tem impactos sobre o quadro monetário e financeiro, “com percepção de aumento de risco nos títulos do governo e do porto seguro do dólar”.

“Se a postura de Trump pode agradar parte dos seus eleitores que identificam o resto do mundo como culpado pela situação de perda de mercados, desemprego e outros males, para o resto do mundo, os Estados Unidos está perdendo sua legitimidade. Não basta ser ‘o poderoso’, é preciso que os outros países reconheçam a legitimidade das ações de alguma forma. A política de Trump enfraquece o poder dos Estados Unidos na arena internacional”, avaliou o relatório da FGV.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

IFI: é factível cumprir piso da meta fiscal de 2026, mas com esforço fiscal de R$ 26,5 bi


A Instituição Fiscal Independente (IFI) publicou nesta quinta-feira, 18, o último Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de 2025. No documento,…


A Instituição Fiscal Independente (IFI) publicou nesta quinta-feira, 18, o último Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de 2025. No documento,…

Economia

STF mantém regra da reforma que reduziu aposentadoria por incapacidade permanente


O Supremo Tribunal Federal decidiu, por 6 votos a 5, manter a mudança da reforma da previdência de 2019 na…


O Supremo Tribunal Federal decidiu, por 6 votos a 5, manter a mudança da reforma da previdência de 2019 na…

Economia

Petróleo fecha em alta com tensões entre EUA-Venezuela e ceticismo para paz na Ucrânia


O petróleo fechou novamente alta nesta quinta-feira, 18, em meio ao aumento das tensões entre os Estados Unidos e a…


O petróleo fechou novamente alta nesta quinta-feira, 18, em meio ao aumento das tensões entre os Estados Unidos e a…