A precisão como chave para a inovação: o que empresas e profissionais podem aprender com a ciência

A vitamina D é essencial para a imunidade do organismo humano e para a saúde dos ossos, mas, quando em quantidades elevadas, pode ser tóxica e causar a calcificação dos tecidos moles. Esse é um exemplo simples, mas o qual demonstra na prática a importância da precisão no uso de substâncias.

Uma única gota de uma substância incorreta é suficiente para que uma fórmula perca o seu valor ou mesmo se torne perigosa. Ao contrário de outros espaços, em que a improvisação é parte da “mágica”, a ciência pede exatidão em suas informações buscando sempre a replicabilidade de todos os métodos.

Esse é um dos pilares da inovação científica e do desenvolvimento das tecnologias em diversas áreas, das mais simples às mais complexas. Da produção de alimentos aos smartphones, dos automóveis aos medicamentos, das roupas aos combustíveis: todas as indústrias dependem da precisão das ciências.

Dentre as técnicas científicas para garantir essa precisão, uma delas se destaca: a titulação química. Ela é a responsável, entre outras coisas, por garantir o rigor dos resultados que levam aos avanços tecnológicos, o que significa que vale a pena se debruçar sobre o que a titulação científica representa.

A importância da precisão nas mais variadas indústrias

A ciência é feita, em partes, por processos de tentativa e erro. A partir de resultados anteriores (próprios ou de outros cientistas), aprimoram-se descobertas e se encontram soluções não pensadas até o momento. Uma única modificação pode ser suficiente para descobrir algo completamente inovador.

A ideia é que, a partir dos conhecimentos científicos (e suas ferramentas, como a titulação química, que vamos explorar no tópico posterior), se descubra algo novo e que avance um tipo de indústria. E o mais interessante? Esse tipo de movimento não é individual ou mesmo novo, sendo algo primordial.

Considerando que a ciência faz parte das indústrias, é correto dizer que a precisão tem importância fundamental aqui. Mesmo profissionais que não estão envolvidos diretamente com os processos de caráter químico e científico das indústrias fazem bem em conhecer como a exatidão é obtida na área.

Como garantir a precisão nas indústrias com foco no avanço tecnológico?

A maneira mais eficaz de garantir a precisão nas indústrias é a partir dos processos científicos, como a titulação química. Ela existe em diferentes formas, como a titulação de precipitação, a ácido-base, a complexométrica e a redox. Em todas, há uma mesma preocupação em identificar substâncias exatas.

A titulação nada mais é do que um processo capaz de analisar soluções e descobrir o quanto de uma substância existe ali. Ela faz parte de uma área da ciência chamada de “química analítica”, também conhecida como “titulometria” em certos contextos. Não importa o termo: a importância é a mesma.

Como facilitador da precisão nas indústrias, a titulação química representa um dos principais pilares da ciência, que é a preocupação com o exato. Como consequência, o mais frequente é que a titulação química, possível com aparelhos chamados de “tituladores”, seja apenas um dos recursos utilizados.

Quais são os espaços onde a titulação química é utilizada?

A titulação química tem aplicação nas mais variadas tecnologias do mercado, como apontamos em tópicos anteriores, mas quais exatamente são as suas utilizações? Se valendo de aspectos mais gerais, vamos explicar três indústrias cujas inovações só são possíveis graças à utilização da titulação química.

1 – Indústria farmacêutica

A indústria farmacêutica é uma das principais utilizadoras da titulação química, considerando o papel da precisão na fabricação de medicamentos. Uma modificação mínima em quantidades de substâncias pode resultar não apenas em problemas futuros, mas em medicamentos completamente diferentes.

E a titulação química é usada não apenas durante a fabricação dos medicamentos, mas também nos estudos que possibilitam a descoberta de novos fármacos com potenciais positivos às mais variadas doenças e condições físicas e psicológicas. Da primeira à última etapa, a precisão permanece no topo.

2 – Indústria de biocombustíveis

Os biocombustíveis são alternativas sustentáveis aos combustíveis fósseis, o que significa que vêm ganhando cada vez mais espaço num mundo onde a preocupação com o meio ambiente cresce. Como consequência, processos científicos ganham maior espaço, incluindo aqueles que garantem precisão.

A titulação química pode ser usada na indústria de biocombustíveis na determinação da presença (ou não) de agentes contaminadores, concentração de água e quantidades exatas de substâncias naturais. Tudo isso é indispensável para se conseguir não apenas biocombustíveis de qualidade, mas seguros.

3 – Indústria alimentícia

A indústria alimentícia é outra cujos profissionais devem estar completamente à par da importância da precisão, incluindo o potencial da titulação química em conquistar esse objetivo. Assim como no caso dos fármacos, falamos de substâncias que vão ser digeridas por organismos, o que pede cuidado.

Além da segurança, aqui nós falamos também de sabores, o que faz parte do diferencial de muitas empresas. Assim como outros exemplos explorados anteriormente, a precisão serve à indústria dos alimentos como chave para a inovação, garantindo a exatidão de tudo o que é utilizado nesse espaço.

É indispensável que profissionais e empresas estejam por dentro não apenas do papel da titulação química para as indústrias, mas da ciência como um todo. Isso, é claro, sem abandonar o desejo por inovar e avançar tecnologias; elementos dentro dos quais as técnicas científicas têm um papel valioso.