Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

22 de novembro de 2024

Após prisão por injúria racial, Justiça manda soltar mulher que vivia em McDonald’s no Rio


Por Agência Estado Publicado 01/09/2024 às 20h05
Ouvir: 00:00
image
Foto: Reprodução

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou em audiência de custódia realizada neste sábado, 31, a conversão de prisão em flagrante por preventiva de Susane Paula Muratori Geremia, de 64 anos, que vive com a filha há meses em um restaurante da rede McDonalds no Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, por injúria racial. A justificativa é de que Susane é idosa e réu primária.

A juíza responsável pelo caso, Ariadne Villela Lopes, proibiu, no entanto, que a mulher e sua filha frequentem o restaurante por dois anos.

Ela também não poderá se aproximar da vítima e terá que prestar contas à Justiça mensalmente sobre suas atividades e paradeiro. No documento, ao qual o Estadão teve acesso, a mulher é citada como “pessoa em situação de rua”.

Susane foi indiciada pelo Ministério Público do Rio por injúria racial após ter tido uma discussão com uma adolescente que teria fotografado ela e sua filha no McDonalds na sexta-feira, 30.

Segundo testemunhas ouvidas pela polícia, a mulher utilizou termos racistas para insultar a jovem. O Estadão não conseguiu contato com a defesa de Susane nem com a vítima.

Em sua decisão, a juíza afirma que, pelos depoimentos colhidos, o ocorrido “caracterizaria a conduta típica prevista no artigo 2º da Lei 7716/99 (de injúria racial)”. No entanto “verifica-se que a custodiada é primaria e idosa, de maneira que, considerando estas circunstâncias, deixo de converter a prisão em flagrante em prisão preventiva”, diz.

Susane e sua filha vivem há semanas no estabelecimento da rede McDonalds, localizado no bairro do Leblon. Elas têm atraído curiosos desde que o caso se tornou público.

O fato de as mulheres carregarem malas, comerem sanduíches do McDonalds todos os dias e parecerem pessoas com alto poder aquisitivo, em contradição à condição de situação de rua em que se encontram, chama a atenção.

À TV Globo, Susane chegou a dizer que ela e a filha aguardam o seu marido retornar de uma viagem para voltarem a ter um lugar para morar.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *