As melhores árvores frutíferas para plantar em quintais pequenos e apartamentos, segundo engenheira agrônoma
Plantar árvores frutíferas em casa costuma gerar dúvidas, especialmente entre quem tem pouco espaço ou pouca experiência com jardinagem. Para auxiliar nesse processo, o GMC Online conversou com a engenheira agrônoma e professora da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Daniela Höhn, que aponta as espécies mais adequadas ao clima local e com menor necessidade de manutenção.
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Segundo a especialista, a escolha correta da planta faz toda a diferença no resultado. Em Maringá e no Noroeste do Paraná, espécies nativas oferecem mais vantagens, já que resistem melhor às condições naturais da região.

“Em pequenos pomares, o ideal é trabalhar com espécies nativas, que se adaptam melhor ao solo e ao clima local. Elas exigem menos cuidado e são ótimas para quem quer começar”, afirma Daniela.
Quais frutíferas plantar em casa
Para quem tem quintais pequenos, opções como jabuticaba, pitanga, acerola e araçá costumam apresentar excelente desempenho. Além de terem porte reduzido, essas árvores respondem bem a podas simples e a uma adubação básica. Dessa forma, o cultivo torna-se acessível mesmo para iniciantes.
Além disso, a professora destaca que os lotes urbanos estão cada vez menores em novos bairros. Por isso, moradores acabam preferindo espécies compactas e rústicas. “São árvores que não vão dar trabalho para quem está aprendendo a cultivar”, explica.

Por outro lado, a escolha precisa ser cuidadosa para áreas externas como a calçada. Embora seja comum ver frutíferas nas vias de Maringá, algumas espécies provocam danos ao pavimento ou representam risco com a queda dos frutos.
“Na calçada, o ideal é usar árvores pequenas, com frutos menores. Espécies como mangueira, abacateiro, jaqueira e pinha devem ser evitadas”, orienta a professora.
Cultivo em apartamento
Quem mora em apartamento também pode cultivar frutíferas. Para isso, espécies enxertadas estão disponíveis em viveiros e agropecuárias. Jabuticaba, pitanga e acerola adaptam-se bem a vasos; além disso, a amora também se desenvolve, desde que receba podas frequentes para controlar o porte.

Com essas alternativas, torna-se possível incluir o cultivo de frutas na rotina mesmo em espaços compactos, reforçando o contato com a natureza e incentivando práticas sustentáveis dentro de casa.
Além das recomendações de plantio, Maringá se destaca pela forte presença de árvores frutíferas na área urbana. De acordo com dados municipais, a cidade possui aproximadamente 142 mil árvores, das quais quase 30 mil são frutíferas. O oiti lidera a lista, com mais de 21 mil unidades espalhadas em ruas e calçadas. Mangueiras, pitangueiras, jabuticabeiras e coqueiros também são bastante encontradas.
A arborização maringaense ainda inclui espécies raras ou pouco conhecidas, como jaracatiá, uvaia, gabiroba, seriguela, tamarindo e até cacau-do-brejo, o que ressalta a diversidade do município.
Por fim, a professora reforça que, mesmo com espécies de baixa manutenção, algum cuidado sempre será necessário. “Não é só plantar e esquecer. É importante acompanhar, podar e adubar. Mas, escolhido o tipo certo, o processo é simples e muito prazeroso”, afirma.
