Balas, leite, café, chocolate: Confira produtos considerados impróprios para consumo no Brasil recentemente
Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização, a distribuição e o consumo de 30 lotes de sete marcas de balas da marca Dori Alimentos. O motivo? Os produtos foram considerados impróprios para o consumo por suspeita de contaminação com Salmonella. A empresa já havia anunciado o recolhimento voluntário – veja os detalhes.
No entanto, práticas de suspensão de produtos pela agência sanitária e de recolhimento pela empresa não são raros. As medidas fazem são adotadas para garantir a segurança dos produtos oferecidos à população brasileira. Recentemente, vários outros produtos passaram por ações semelhantes. Relembre:
Café Torrado Em junho, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou uma lista com 24 lotes de café torrado considerados impróprios para consumo devido à presença de “matérias estranhas e impurezas ou elementos acima dos limites permitidos pela legislação”. Em comunicado oficial, o Mapa desaconselhou o consumo desses lotes e orientou os consumidores a solicitarem a substituição dos produtos considerados impróprios para consumo, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor.
Detergente Ypê Em maio de 2024, a Anvisa determinou a suspensão da comercialização, distribuição e uso de lotes específicos de todas as versões do detergente Ypê, fabricado pela Química Amparo, devido ao “potencial risco de contaminação microbiológica”.
Probiótico Neogermina Em março, a Anvisa suspendeu a venda e distribuição de quatro lotes do probiótico Neogermina, após identificar a presença de partículas estranhas no produto. Este probiótico é comercializado como fonte de bactérias benéficas, especificamente Bacillus clausii.
Atum Cellier Em agosto de 2023, a Anvisa proibiu a comercialização, distribuição e uso do atum ralado enlatado da marca Cellier. A decisão foi tomada após o Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo relatar surtos de intoxicação alimentar por histamina em Centros de Educação Infantil (CEIs) de Campinas, ocorridos no final de julho de 2023.
Molho Fugini Em março de 2023, a Anvisa anunciou a suspensão da fabricação, comercialização, distribuição e uso de todos os alimentos em estoque da marca Fugini, incluindo molhos de tomate, conservas vegetais, maionese e mostardas. A medida foi adotada após uma inspeção identificar falhas de higiene e controle de qualidade que tornavam o consumo dos produtos arriscado para a saúde.
Em junho do mesmo ano, a Anvisa revogou as medidas sanitárias impostas à Fugini após a empresa realizar reformas em sua fábrica em Monte Alto (SP) e adequar seus procedimentos, conforme exigido pela Vigilância Sanitária. A produção foi retomada após nova inspeção.
Chocolates Garoto Em outubro de 2022, a Anvisa suspendeu e recolheu voluntariamente lotes de chocolates da marca Garoto, após suspeitas de contaminação. Dois lotes das barras de chocolate ao leite “Castanhas de Caju” e “Castanhas de Caju e Uvas Passas”, ambas de 80g, podem conter fragmentos de vidro devido a problemas nos equipamentos de produção. Os lotes afetados são 225212941G e 225312941G, sem restrições para outros produtos da marca.
Sorvetes Häagen-Dazs Em agosto de 2022, a Anvisa ordenou o recolhimento de vários produtos da marca Häagen-Dazs com validade entre 16/5/2023 e 29/6/2023, além de proibir a importação, distribuição e comercialização dos mesmos. A decisão foi parte de um esforço global após a detecção de 2-cloroetanol (2-CE) no ingrediente de sabor baunilha. A Anvisa alertou que os efeitos dessa substância na saúde ainda não são totalmente compreendidos, não sendo possível descartar sua genotoxicidade, ou seja, a capacidade de causar alterações no material genético.
Fórmulas Infantis Em março de 2022, a Anvisa determinou o recolhimento de lotes de fórmulas infantis em pó da marca Abbott Nutrition, incluindo Human Milk Fortifier, Similac PM 60/40, Similac, Alimentum e EleCare, fabricados na cidade de Sturgis, nos Estados Unidos. A medida foi parte de um alerta internacional após a investigação de quatro casos de internação de bebês com menos de seis meses, e um óbito, relacionados ao consumo desses produtos. Inspeções na fábrica identificaram a presença de uma bactéria nociva em superfícies de áreas de produção.
Chocolates Elite Em maio de 2022, a Anvisa ordenou o recolhimento e proibiu a comercialização, distribuição e importação dos chocolates da marca Elite. A medida foi motivada por um alerta internacional de possível contaminação por Salmonella.
Chocolates Kinder Em abril de 2022, a suspeita de contaminação por Salmonella também levou a Anvisa a proibir a venda e recolher diversos lotes de chocolates da marca Kinder. Inicialmente, a medida afetou apenas os chocolates brancos Kinder Choco-Bons, mas foi posteriormente ampliada para todos os Kinder Choco-Bons fabricados na Bélgica. Apesar da precaução, os produtos nunca chegaram a ser comercializados no Brasil.
As informações são de O Globo.