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25 de abril de 2024

Bolsonaro repete que vacina não será obrigatória


Por Agência Estado Publicado 20/10/2020 às 11h45 Atualizado 25/02/2023 às 23h18
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Foto: Carolina Antunes/PR

O presidente Jair Bolsonaro aproveitou a divulgação do estudo clínico do vermífugo nitazoxanida, em pacientes na fase precoce da covid-19, para repetir que o governo não irá obrigar a população a tomar uma vacina contra a doença. Ainda não há uma vacina contra o vírus que causou a pandemia atual.

“Eu queria falar sobre uma notícia que está circulando, não é fake news, ela é verdadeira, levando-se em conta o autor. Mas na prática, ela é falsa. Tem uma lei de 1975 que diz que cabe ao Ministério da Saúde, o programa nacional de imunização, ali incluindo as possíveis obrigatórias. A vacina contra o covid, como cabe ao Ministério da Saúde definir essa questão e já foi definida, ela não será obrigatória. Então, quem está propagando isso aí é uma pessoa que pode estar pensando em tudo, menos na saúde ou na vida do próximo”, disse Bolsonaro ao discursar.

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O presidente reafirmou que qualquer vacina aqui no Brasil tem de ter comprovação científica e ser aprovada pela Anvisa. Para ele, muitas pessoas não vão querer tomar imunização. “Nós sabemos que muita gente contraiu e nem sabe que contraiu e está imunizado. Nós vamos obrigar essa pessoa a tomar a vacina?”, disse.

Mais cedo, nesta segunda-feira, 19, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que a vacina contra a covid-19 deve ser aplicada a todos os brasileiros. Doria e Bolsonaro estão trocando declarações públicas, com pontos de vistas antagônicos, sobre essa questão.

“Por parte dessa fonte, essa vacina custa mais de US$ 10, por outro lado, do nosso lado, custa menos US$ 4. Não quero acusar ninguém de nada aqui, mas essa pessoa está se arvorando e levando o terror perante a opinião pública”, disse ainda Bolsonaro no evento de ontem.

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Nitazoxanida

No evento desta noite, o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, apresentou os resultados do estudo clínico conduzido por ele sobre o uso do medicamento nitazoxanida, conhecido comercialmente como Anitta, em pacientes na fase precoce da Covid-19.

As pesquisas com a nitazoxanida se basearam em um estudo do Laboratório Nacional de Biociências do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social vinculada ao MCTI, que com o uso de inteligência artificial iniciou estudos com o reposicionamento de fármacos. Foram analisadas mais de 2 mil substâncias para investigar a possibilidade de inibição da replicação viral do SARS-CoV-2.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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