09 de abril de 2025

Cacau sofre alta de 180% e impacta preços da Páscoa


Por Agência Brasil Publicado 29/03/2025 às 10h43
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O aumento de cerca de 180% no custo do cacau nos últimos dois anos tem impactado diretamente os preços dos produtos de Páscoa e da produção permanente do setor. A alta foi mais acentuada no segundo semestre do ano passado, devido à quebra de safra nos principais produtores africanos, como Costa do Marfim e Gana.

A instabilidade no mercado de cacau deve continuar nesta temporada, especialmente com o maior produtor mundial, Costa do Marfim, ainda enfrentando problemas significativos causados por ondas de calor e seca. “Isso vai influenciar o desenvolvimento da planta, a brotação e a formação dos frutos, resultando em uma menor oferta”, explica Letícia Barony, assessora técnica da comissão nacional de fruticultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

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Paulo Pinto | Agência Brasil

Por outro lado, Gana, o segundo maior produtor, apresenta um cenário mais otimista. A previsão de uma recuperação na produção, com indicadores de uma colheita mais atraente, pode ajudar a reequilibrar a oferta de cacau no mercado global.

No Brasil, a expectativa é de aumento na safra, após anos de quedas sucessivas. O país, que é o sexto maior produtor mundial de cacau, gera cerca de 300 mil toneladas por ano, com 90% da produção concentrada nos estados do Pará e Bahia. No entanto, ainda há uma grande volatilidade no mercado, com incertezas em relação à oferta, demanda e preços, afetando toda a cadeia de valor do setor, desde as indústrias moageiras até os produtos finais para o consumidor.

A CNA projeta um aumento nas safras de cacau nos próximos anos, impulsionado pelos investimentos em áreas não tradicionais, como o cerrado baiano e regiões do norte de Minas e São Paulo. Essas áreas utilizam tecnologias de irrigação e cultivo intensivo, o que pode contribuir para uma maior produção. Além disso, a tendência é o aumento do processamento do cacau no Brasil, gerando produtos com maior valor agregado tanto para o mercado interno quanto para o externo.

Com a recuperação da produção no país e uma possível estabilização nos preços, a expectativa é que o setor cacaueiro possa atravessar o período de instabilidade com mais equilíbrio, beneficiando tanto os produtores quanto os consumidores.

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