Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

16 de dezembro de 2025

Câmara de SP rejeita projeto que proíbe asfalto em ruas de paralelepípedos


Por Agência Estado Publicado 20/10/2025 às 21h58
Ouvir: 00:00

A Câmara Municipal de São Paulo rejeitou, no dia último dia 7 de outubro, o projeto de lei que proibia o asfaltamento de ruas de paralelepípedos. Havia algumas sinalizações de possível rejeição à proposta, embora tenha sido aprovada em 1ª deliberação, em abril.

O projeto foi proposto no ano passado após mobilização de associações de alguns bairros de classe média das zonas oeste e sul, como Pinheiros, Itaim Bibi e Vila Mariana. A movimentação ocorreu após capeamentos polêmicos de pequenas vias pela gestão Ricardo Nunes (MDB) – em meio a investimento recorde em pavimentação.

À época, a Prefeitura respondeu à imprensa que o asfalto não prejudicaria o escoamento da chuva. Também apontou que a mudança havia sido feita em mais de 417 vias de 2023 até o começo de 2024, com planos para mais 265 naquele ano.

Segundo a gestão Nunes, o asfaltamento seria necessário para o “aumento da segurança viária e melhoria da mobilidade urbana, bem como para a uniformização das vias”. Dentre os problemas que destacou na época, estavam os “remendos” com asfalto feitos por empresas de gás e saneamento após intervenções pontuais.

O que falaram vereadores favoráveis e contrários?

O projeto é de autoria do vereador Eliseu Gabriel (PSB), que lamentou a decisão da maioria e defendeu que o assunto deveria voltar a ser debatido. “A gente perdeu uma grande chance de entender que a cidade precisa ser permeável”, disse após a rejeição.

Além dele, a proposta também tinha coautoria de André Souza (Republicanos), Marina Bragante (Rede), Nabil Bonduki (PT) e Renata Falzoni (PSB) – a qual defendeu que as vias de paralelepípedos auxiliam na redução da velocidade nas vias. “Estamos falando de ruas que são calmas, que não são convidativas à aceleração”, declarou na mesma sessão da 2ª votação.

Na ocasião, nenhum vereador contrário se manifestou no microfone. A deliberação foi simbólica, em que todos são chamados a “permanecer como estão”, de modo a indicar a maioria dos votos.

Em audiência pública sobre diversos projetos, em setembro, contudo, o líder do governo na Câmara, Fabio Riva (MDB), sinalizou resistência à proposta. Ele mencionou que há moradores contrários à continuidade desse tipo de calçamento por causa da trepidação e barulho causado pela passagem de veículos, principalmente de maior porte.

Além disso, Riva chegou a trazer o exemplo de uma rua na Lapa, na zona oeste, asfaltada anos após ele ter sido procurado por representante dos moradores. Segundo o vereador, a maioria celebrou a pavimentação – embora um menor número de pessoas tivesse se mobilizado com abaixo-assinado.

“Quando a gente fala em ‘vedar’, ‘é vedado’, ‘é proibido fazer isso’, acho que a gente tira também o poder discricionário das pessoas decidirem o que vai ser feito”, disse. “Não estou discutindo a questão ambiental: estamos discutindo uma sensibilidade de uma população que mora numa determinada rua. Não vou entrar no mérito. Só acho que ‘proibir’ é uma palavra muito forte”, completou.

O que dizia o projeto de lei?

A proposta proibia o asfaltamento de vias com paralelepípedos, bloquetes e outros calçamentos que “possibilitam a permeabilidade do solo”. Dessa forma, obras de manutenção e outras intervenções teriam de utilizar o mesmo material ou similar.

A proposta também determinava que vias de paralelepípedos alteradas após a lei tivessem o calçamento restabelecido em até cinco anos. Por outro lado, permitia a aplicação de asfalto para a implantação de faixas de pedestres e assemelhados.

*Colaborou Gonçalo Junior

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

‘Reafirmo minha obediência à Arquidiocese’, diz padre Júlio Lancellotti após veto às redes


“Reafirmo minha pertença e obediência à Arquidiocese de São Paulo”, afirmou o padre Júlio Lancelotti ao comentar sobre não poder…


“Reafirmo minha pertença e obediência à Arquidiocese de São Paulo”, afirmou o padre Júlio Lancelotti ao comentar sobre não poder…

Geral

Mulher que teve pernas amputadas após ser atropelada e arrastada passará por nova cirurgia


Internada há mais de duas semanas, Tainara Souza Santos, de 31 anos, terá de passar por uma nova cirurgia de…


Internada há mais de duas semanas, Tainara Souza Santos, de 31 anos, terá de passar por uma nova cirurgia de…