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14 de maio de 2024

Caminhoneiros preparam ato; nova greve à vista?


Por Folhapress Publicado 03/09/2018 às 13h07 Atualizado 18/02/2023 às 04h05
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Os grupos de mensagem de caminhoneiros no WhatsApp voltaram a ficar ativos desde o anúncio da alta de 13% no preço médio do diesel na última sexta-feira (31).

O reajuste reflete em particular a forte alta do dólar e praticamente zera o efeito de redução que foi possível a partir do subsídio oferecido pelo governo para por fim à paralisação em maio.

A categoria ainda questiona que a tabela do frete rodoviário não está sendo adotada e organiza para o dia 12 um protesto na sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília.

Ao longo de todo o final de semana, um grande número de áudios atribuídos a caminhoneiros circulou nas redes sociais convocando para uma nova paralisação. Alguns anunciaram que ela teria início nesta segunda-feira (3).

As redes sociais, como Facebook e WhatsApp, foram os instrumentos de mobilização usados pelos caminhoneiros na paralisação de 11 dias em maio.

As entidades do setor são reticentes sobre a questão. Não confirmam que haverá paralisação nesta semana, mas ventilam a possibilidade de que ela venha a ocorrer se não tiverem seus pleitos atendidos

O caminhoneiro Salvador Edimilson Carneiro, o Dodô, que administra no Facebook a página da União dos Caminhoneiros do Brasil (UDC-Brasil), com 2.000 integrantes, afirma que já há uma movimentação para que os caminhoneiros voltem a parar.

Carneiro é membro do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado da Bahia. Ele é caminhoneiro há 12 anos e participou dos protestos de maio, quando criou a página no Facebook. Novata e desconhecida, a UDC””Brasil foi a única organização que divulgou nota afirmando que haveria uma paralisação após o feriado da Independência (dia 7 de setembro).

Segundo Carneiro, o comunicado foi uma iniciativa isolada de um dos membros do grupo de Whatsapp, mas ele confirma a disposição da categoria em discutir uma nova manifestação. “Se fosse pela empolgação, hoje íamos amanhecer parados em vários pontos”, afirma.

Mas argumenta que vai esperar o ato na ANTT: “Nós vamos juntar dez caminhoneiros de cada estado do país e vamos para Brasília, para a frente do prédio da ANTT. Sem baderna. Vamos fazer igual aos sem-teto, vamos invadir o prédio e só sair de lá quando atenderem a gente.”

A Abcam, que reúne caminhoneiros autônomos, confirma ter detectado focos de insatisfação por aplicativos de trocas de mensagem, mas diz que ainda não vê mobilização suficiente para nova paralisação. A entidade disse que pretende se reunir com o governo para discutir o tema e que “fará o possível para evitar nova paralisação” da categoria.

Do Mato Grosso, Gilson Baitaca, líder do Movimento dos Transportadores de Grãos, afque se a ANTT não se posicionar sobre a aplicação da tabela do frete, é grande o risco de haver novas paralisações.

Baitaca também afirma que as transportadoras não cumprem os preços da tabela e que não há fiscalização a respeito. “Queremos ver a lei chegar na ponta, nos caminhoneiros que estão nas estradas”, diz.

Outra liderança, Wallace Landim, conhecido como Chorão, não vê espaço para uma nova greve antes desse ato. “Acho que parar agora é um tiro no pé. Tem gente infiltrada tentando usar a categoria como massa de manobra para isso, mas não tem como”, afirma Landim.

Após a adoção da tabela, associações e empresas entraram com ações contrárias à imposição do preço para o transporte de mercadoria. O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF) conduz o caso e decidiu por fazer uma audiência pública que irá ocorrer no dia 27.

A agência de transportes soltou uma nota em seu site afirmando que, devido à variação no preço do diesel, irá promover ajustes na tabela do frete, conforme previsto na lei.

A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto disse que não houve reunião sobre a questão no final de semana. O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou neste domingo (2) que o governo mantém diálogo constante com os caminhoneiros e entende que “não existem motivos para um novo movimento grevista”.

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