Cometa se aproxima da Terra e poderá ser visto no Brasil; saiba quando

Conhecido como C/2022 E3, o cometa verde atinge seu periélio – o ponto mais próximo ao Sol – nesta quinta-feira, 12, e poderá ser visto a olho nu no Brasil no começo de fevereiro, segundo informações divulgadas pela NASA, agência espacial norte-americana.
Será a primeira vez em 50.000 anos que o corpo celeste será visualizado. Quando cruzou a órbita da terra pela última vez o planeta ainda era habitado pelos neandertais. Nomeado C/2022 E3 (ZTF), o cometa verde tem uma órbita ao redor do sol que passa pelos confins do sistema solar, e é por isso que ele levou uma longa jornada – e muito tempo – para passar pela Terra novamente, de acordo com a Sociedade Planetária.
Considerado pequeno para os parâmetros astronômicos, o corpo gelado e rochoso tem o diâmetro de um quilometro e foi descoberto em março de 2022 no caminho da órbita de Júpiter pelo programa “Zwicky Transient Facility” (ZTF), que opera o telescópio Samuel-Oschin no Observatório Palomar, na Califórnia (EUA).
Como ver o cometa?
O astro poderá ser visto à noite mesmo a olho nu, desde que o céu esteja claro, não haja poluição luminosa e o brilho da Lua não incomode os olhos, informam os cientistas. “Talvez tenhamos sorte e seja duas vezes mais brilhante do que o esperado”, arrisca Biver.
O melhor período de observação no Brasil será a partir do dia 4 de fevereiro. “Com o passar dos dias, o cometa será visto mais alto no céu e com mais tempo de visibilidade”, informa o Observatório Nacional. Durante este período, ele passará na direção Norte e abaixo da estrela Capela.
Antes, entre os dias 21 e 22 de janeiro, o cometa passará entre as constelações da Ursa Menor e da Ursa Maior, quando poderá ser visto a olho nu no Hemisfério Norte, na região dos Estados Unidos.
De onde vêm os cometas?
Os estudos científicos atuais apontam que os cometas surgem de dois lados ou do cinturão de Kuiper, localizado para além da órbita de Netuno, ou da nuvem de Oort, uma imensa área localizada a quase um ano-luz do Sol, no limite de seu campo gravitacional.
Os preparativos para contemplação do cometa já estão concluídos e os cientistas esperam aprender um pouco mais sobre a composição dos cometas principalmente com o uso do Telescópio Espacial James Webb.
Com informações da Agência Estado.
