Conheça o organismo gigante que dominou a Terra e desafia a ciência
Cerca de 400 milhões de anos atrás, quando a vida na Terra estava apenas começando e as maiores plantas mal atingiam 6 centímetros de altura, estranhas estruturas se erguiam como colossos na paisagem primitiva: eram os Prototaxites, que dominavam o antigo supercontinente de Gondwana e podiam alcançar até 8 metros de altura e um metro de largura.

Não é de se admirar, portanto, que esses organismos enigmáticos tenham desconcertado a ciência desde a descoberta de seus fósseis, há mais de 165 anos. Cientistas tentaram, sem sucesso, classificar essa criatura pré-histórica que parece ter saído de um livro de ficção científica. Uma árvore primitiva? Um fungo gigante? Uma alga? Ninguém sabe ao certo.
Na década de 1850, quando John William Dawson encontrou os primeiros fósseis de Prototaxites nas margens da Baía de Gaspé, no Quebec (Canadá), ele pensou se tratar de restos de árvores em decomposição. Decidiu, por isso, classificar o achado como a “primeira conífera”, relata o Science Alert. Um erro compreensível, dada a sua estrutura imponente, mas problemático: árvores, afinal, nem existiam naquela época.
Desde então, tais organismos enigmáticos foram sucessivamente classificados como plantas terrestres primitivas, algas e — mais comumente, nos últimos anos — como fungos gigantes. Vários estudos pareciam ter resolvido o mistério quando isótopos de carbono dos fósseis sugeriram que o Prototaxites se comportava como um fungo, absorvendo nutrientes de outros organismos.
No entanto, um novo estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Edimburgo pode mudar completamente nossa compreensão desses organismos. Depois de examinar três fósseis excepcionalmente bem preservados de Prototaxites taiti, encontrados no Cherte de Rhynie, na Escócia, a equipe chegou a uma conclusão surpreendente: esses organismos não se enquadram em nenhuma categoria conhecida de vida.
Por que Prototaxites não é um fungo?
A análise microscópica revelou características únicas que os diferenciam de qualquer ser vivo conhecido. Seu interior era composto por vários tipos de tubos, alguns finos e ramificados, outros maiores e curvos, e até mesmo alguns com estruturas semelhantes a anéis de crescimento, uma característica não encontrada em nenhum fungo atual.
Clique aqui e leia a reportagem completa no Metrópoles, parceiro do GMC Online.