13 de agosto de 2025

Dia das Mães: medo e falta de informação desafiam maternidade atípica


Por Metrópoles, parceiro do GMC Online Publicado 12/05/2024 às 08h59
Ouvir: 02:56
image-35-3
Foto: Arquivo pessoal

A gerente de riscos Rafaela Aquino, de 27 anos, lembra perfeitamente do dia em que, pela primeira vez, suspeitou que seu filho, Benjamin, fosse autista. O menino, que tinha acabado de completar 2 anos, passava por algumas mudanças de comportamento e a mãe decidiu pesquisar os sintomas na internet.

Naquela época, Ben já não queria mais brincar como antes, tinha parado de chamar as tias e primas pelo nome, e passou a correr de um lado para o outro da casa. O vocabulário, já recheado de palavras, foi diminuindo pouco a pouco.

Ao descrever os comportamentos no Google, a mãe caiu em um vídeo sobre autismo regressivo – nome dado aos casos em que crianças autistas “perdem” habilidades já desenvolvidas. Foi quando “tudo se encaixou”, segundo ela.

“Eu lembro até hoje da cena: ele correndo na sala e eu sentada vendo vídeo no YouTube com as duas mãos na cabeça, desesperada. Minha mãe entrou na sala e brigou comigo. Ela falou: ‘para, você tá louca!’”.

A luta para confirmar o diagnóstico e apresentar a situação para a família é um dos primeiros desafios que as mães de crianças com autismo enfrentam. Na maternidade atípica, como é chamada a maternidade de pessoas com alguma deficiência, muitas mulheres têm ainda que reformular suas rotinas para cuidar dos filhos, enquanto lidam com a falta de informações sobre o tema e o medo sobre o futuro.

Neste Dia das Mães, o Metrópoles, parceiro do GMC Online, conversou com quatro mulheres que, longe de romantizar essa realidade, relataram como é viver uma maternidade atípica. Todas elas são mães de pessoas autistas, com diferentes níveis de suporte.

image-35-4
Para Rafaela, o diagnóstico de Ben veio acompanhado de uma depressão severa. Foto: Arquivo pessoal

Para Rafaela, o diagnóstico de Ben veio acompanhado de uma depressão severa. “É uma quebra de expectativa, um luto por tudo que você planejou para o teu filho”, diz ela, citando o medo com o que seria o futuro do filho.

A descoberta do autismo mudou completamente o dia-a-dia da gerente, que precisou adaptar seus horários para garantir uma rotina de terapias ao filho. Aos poucos, Rafaela diz que foi aprendendo a lidar com as descobertas e entendeu que poderia “curtir o Ben” sem as expectativas de antes.

Leia a reportagem completa no Metrópoles, parceiro do GMC Online.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação
Geral

Câmara: CCJ inclui na pauta dois projetos de lei que endurecem crimes contra menores nas redes


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados decidiu pautar nesta quarta-feira, 13, duas propostas legislativas em…


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados decidiu pautar nesta quarta-feira, 13, duas propostas legislativas em…

Geral

Sargento da Marinha grávida de 5 meses é baleada no Rio; bebê não resiste


Uma sargento da Marinha do Brasil foi baleada no domingo, 10, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, no…


Uma sargento da Marinha do Brasil foi baleada no domingo, 10, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, no…