‘Droga pode, mas bebida não’. Como é a lei da Rainha do Garimpo
Na região de garimpo de Roraima, o nome de Irismar Cruz Machado (foto em destaque), também conhecida como Iris, tornou-se sinônimo de terror, violência e poder absoluto. Em um cenário dominado pela ilegalidade, a Rainha do Garimpo estabeleceu as próprias regras, controlando vastas áreas de exploração mineral, especialmente na Terra Indígena Yanomami.

Uma testemunha relatou à Polícia Federal (PF) que o garimpo controlado por Iris, conhecido como Cristo Rei, é uma extensão do império econômico dela. O nome, curiosamente, é o mesmo usado por sua empresa de criação de gado, a Machado Cristo Rei.
O relato dá conta de que os capangas de Iris, fortemente armados, patrulham a área navegando pelo rio em embarcações e com espingardas. Eles também impõem uma taxa para garantir a “segurança” do local, exigindo que os garimpeiros sigam as regras para evitar confusão e retaliações violentas.
Outra testemunha acrescentou que Iris lucra com a cobrança dos donos das máquinas de garimpo, mas também tem equipamentos próprios em operação na área. Os capangas, que atuam como uma milícia armada, garantem o funcionamento do negócio, cobrando taxas e protegendo as atividades ilegais.
O testemunho de uma mulher, contudo, trouxe à tona o lado mais sombrio do império de Iris. Ela revelou que trabalhava sob condições análogas à escravidão, recebendo 40 gramas de ouro por mês para cozinhar. Também afirmou que, embora os donos das máquinas de garimpo ainda existam, a verdadeira dona do metal é Iris, que interfere diretamente nos lucros dos trabalhadores.
A mulher ainda comentou sobre a presença de capangas armados e encapuzados, com fuzis e outras armas de grande calibre na região, que garantem o seguimento das ordens de Iris sem questionamentos.
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