Entenda de onde vêm os pensamentos intrusivos e como lidar com eles
Ter um pensamento negativo ou perturbador, que surge sem aviso e causa desconforto, é mais comum do que se imagina. Esses episódios, chamados de pensamentos intrusivos, podem surgir em qualquer pessoa, de forma esporádica, e nem sempre indicam um transtorno.
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Compreender de onde vêm essas ideias e por que insistem na mente ajuda a diferenciar experiências normais de situações que podem exigir acompanhamento profissional. Por isso, identificar esses sinais é fundamental para agir de forma adequada de acordo com cada situação.
A persistência desses pensamentos está ligada a fatores psicológicos e biológicos. O cérebro humano tende a destacar memórias dolorosas ou riscos potenciais como mecanismo de sobrevivência, e estados de estresse ou traumas podem aumentar a sensibilidade da mente, facilitando que ideias indesejadas voltem de forma repetida.
De onde vêm e por que temos pensamentos intrusivos?
A psicóloga Adriana Schiavone, do Rio de Janeiro, explica que os pensamentos intrusivos costumam ter conteúdo negativo porque o cérebro privilegia informações relacionadas a riscos, erros ou memórias dolorosas. Esse mecanismo evolutivo, que originalmente ajudava na sobrevivência, faz com que ideias indesejadas se destaquem mais do que pensamentos neutros ou positivos.
“Pensamentos intrusivos são ideias, imagens ou lembranças que surgem de forma espontânea, indesejada e difícil de controlar”, detalha Adriana.
Outro fator que intensifica a recorrência desses pensamentos é o chamado efeito rebote. Ao tentar suprimir um pensamento, a mente entra em estado de monitoramento constante, fazendo com que a presença do pensamento seja reforçada.
“Isso ocorre porque, ao monitorar se estamos ‘evitando’ o pensamento, o cérebro precisa manter a ideia em algum nível de atenção, o que paradoxalmente reforça sua recorrência,” esclarece Adriana.
Além disso, fatores emocionais e ambientais também podem aumentar a frequência desses pensamentos. Estresse, traumas ou sobrecarga emocional deixam regiões cerebrais como a amígdala mais sensíveis, o que prejudica a regulação das emoções e torna mais fácil que memórias negativas ou preocupações recorrentes invadam a consciência.
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