Homem jogado de ponte por PM presta depoimento em delegacia de SP


Por Metrópoles, parceiro do GMC Online

O homem jogado da ponte por um policial militar (PM) presta depoimento na tarde desta sexta-feira, 6, na 2ª Delegacia Seccional, no bairro do Brooklin, na zona sul de São Paulo.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Metrópoles apurou que a vítima de 25 anos, chamada Marcelo Barbosa Amaral, se apresentou com a advogada à unidade policial para ser ouvido pelas autoridades a respeito do caso.

Crime e omissão

Um vídeo gravado com celular (assista abaixo) mostra o soldado da Polícia Militar (PM) Luan Felipe Alves Pereira arremessando o entregador Marcelo durante abordagem no bairro Cidade Ademar, na madrugada da última segunda-feira, 2.

Durante a ação policial, os PMs estavam com câmeras corporais, o que contribuiu para a equipe de investigação entender a dinâmica do caso. Luan Felipe foi ouvido na última terça-feira, 3, na Corregedoria da Polícia Militar.

No relatório interno da PM, os policiais envolvidos na ocorrência omitiram a informação de que um homem havia sido jogado de uma ponte. Eles dizem ter perseguido suspeitos, em motos, até chegarem a um baile funk, cujo fluxo se dispersou com a presença dos policiais do 24º Batalhão da corporação.

Um homem teria sido ferido com um tiro. Ao supostamente apresentarem o caso do rapaz baleado no 26º Distrito Policial (Sacomã), ainda segundo relato feito pelos policiais militares, o registro da ocorrência teria sido “dispensado”. A Secretaria da Segurança Pública (SSP), no entanto, desmente o argumento ao afirmar, em nota encaminhada ao Metrópoles, que o caso não foi apresentado à Polícia Civil. A origem do tiro ainda não foi esclarecida.

Somente após o comando do 3º Batalhão da Polícia Militar (PM) ficar ciente do vídeo, feito com celular – no qual o soldado das Rondas com Motocicletas (Rocam) aparece jogando o homem da ponte – um inquérito foi instaurado pela corporação.

O soldado Luan Felipe seguia atrás das grades, no presídio militar Romão Gomes, na zona norte paulistana, até a publicação desta reportagem.

“Só quis levantar do chão”

O soldado Luan argumentou, em depoimento à Corregedoria da corporação, que sua intenção era somente “levantar do chão” a vítima.

Ele teve a prisão preventiva decretada, na manhã desta quinta, pelo Tribunal de Justiça Militar (TJM), que acatou pedido da Corregedoria, prédio em que o soldado e os 12 policiais afastados realizavam serviços administrativos, desde a repercussão do caso. O soldado foi submetido a uma audiência de custódia, ainda na tarde de quinta.

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