15 de julho de 2025

Homem só consegue comer 3 alimentos por causa de doença rara. Entenda


Por Metrópoles, parceiro do GMC Online Publicado 17/06/2025 às 10h22
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Doença rara conhecida como gastroenterite eosinofílica faz que corpo de jovem entenda que os alimentos são uma ameaça ao organismo.

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Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Atualmente com 24 anos, Ben Sutter viveu a maior parte da vida sem saber o que era comer uma refeição. Diagnosticado aos 15 meses de idade com uma condição rara chamada gastroenterite eosinofílica (GEE), apenas três alimentos eram considerados seguros para consumo: batata, arroz e milho.

A doença do jovem faz com que o corpo reaja aos alimentos como se fossem ameaças aos organismo. “Você percebe o quanto a sociedade é construída em torno da comida, como em festas de aniversário e eventos. Sempre há algum aspecto que envolve comida, e acho que você só repara quando não consegue participar”, conta Ben, em entrevista à revista People.

A GEE sempre limitou a rotina do jovem, que se alimentava exclusivamente de uma bebida hipoalergênica feita de aminoácidos chamada Neocate Splash, comercializada em caixas de suco. Entre os 3 e os 16 anos, sua alimentação era feita através de uma sonda de alimentação que bombeava duas caixas de fórmula a cada meia hora.

Até os 20 anos, apenas batata, arroz e milho eram alimentos seguros para ele – desde que feitos com o preparo adequado. Para testar qualquer alimento novo, Ben precisava passar por uma endoscopia digestiva após comê-lo diariamente por um mês, tornando o processo desgastante, física e emocionalmente.

O que é GEE?

  • A gastroenterite eosinofílica (GEE) é uma doença inflamatória rara que afeta o trato gastrointestinal, e é caracterizada pela infiltração de eosinófilos nas camadas da parede do estômago ou intestino.
  • A infiltração desse tipo de glóbulo branco causa inflamação.
  • Entre os principais sintomas da condição, estão: dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia e perda de peso.
  • O tratamento da GEE pode incluir restrições dietéticas, medicamentos e, em casos graves, intervenções cirúrgicas.

Início do tratamento e novas experiências alimentares

Tudo mudou na vida do jovem em 2021, quando ele começou a utilizar o Dupixent, um medicamento que combate a inflamação e o ajuda a comer alimentos sem precisar fazer exames constantes.

Em apenas um mês de uso, os exames mostraram que a saúde digestiva de Sutter estava bem pela primeira vez em quase 16 anos. Com três meses, os médicos o liberaram para experimentar frutas, carnes e vegetais, exceto frutos do mar e alérgenos, como leite e ovos.

Mesmo com a alimentação restrita durante grande parte da vida, ele sempre teve uma fascinação com alimentos crocantes. Por isso, sua primeira refeição após a liberação foi uma cenoura baby e aipo – escolhidos pela esposa justamente pela textura atrativa.

“Não sou uma pessoa ansiosa e normalmente não fico nervoso, mas estava suando só de olhar para a comida. Eu estava tão nervoso, com tanto medo”, descreve ele.

Ele deu uma pequena mordida nos alimentos, mas acabou detestando o gosto, jogando-os fora logo em seguida. O homem ainda percebeu que seu estômago não tinha tanta capacidade para armazenar comida, já que ele ingeria poucas quantidades desde criança. As quantidades e textura ainda são desafios no processo de experimentação de Ben.

Atualmente, ele continua provando novas comidas e compartilhando suas experiências nas redes sociais, mostrando seu processo de descoberta alimentar.

Clique aqui e leia a reportagem completa no Metrópoles, parceiro do GMC Online.

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