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20 de dezembro de 2024

Médicos mortos por engano no Rio: polícia e MP fazem operação para prender suspeitos


Por Agência Estado Publicado 20/12/2024 às 11h12
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A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro e o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do estado cumprem na manhã desta sexta-feira, 20, cinco mandados de prisão e três de busca e apreensão contra integrantes do Comando Vermelho. Eles foram denunciados pelo Gaeco/MP-RJ à Justiça por envolvimento no atentado a três médicos, em 5 de outubro de 2023, em um quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim, irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL), morreram. Somente Daniel Sonnewend Proença sobreviveu.

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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Os mandados expedidos pelo Juízo da 2ª Vara Criminal da Capital são cumpridos em endereços na Cidade de Deus e no Presídio Elizabeth Sá Rego (Bangu V). A ação também conta com o apoio de agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Delegacia de Homicídios da capital. A Coordenadoria de Segurança e Inteligência participa em apoio aos promotores de Justiça.

“O Gaeco/MP-RJ denunciou os cinco homens por três crimes de homicídios dolosos consumados e um tentado, todos quadruplamente qualificados como motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa das vítimas, com emprego de armas de calibre restrito (9mm) e para assegurar outros crimes”, disse o MP-RJ.

Foram denunciados Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, apontado como líder da organização criminosa no Complexo da Penha; seu braço direito, Carlos da Costa Neves, o Gardenal; e os ex-milicianos que migraram para o Comando Vermelho: Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW, e Francisco Glauber Costa de Oliveira, o GL, atualmente preso.

Motivação do crime

De acordo com a denúncia do Gaeco/MP-RJ, os criminosos teriam confundido um dos médicos com o miliciano Taillon Barbosa, uma das lideranças na milícia da comunidade Rio das Pedras. Segundo os promotores de Justiça, a motivação do crime seria a expansão do domínio da facção criminosa do Complexo da Penha para região da Grande Jacarepaguá. Almeida e Barbosa possuem fisionomia similar.

“Os promotores destacaram que a tentativa de assassinar o miliciano Taillon Barbosa era considerada um passo estratégico para enfraquecer a milícia e fortalecer o domínio do Comando Vermelho na região”, disse o MP-RJ.

A denúncia aponta, ainda, o envolvimento dos acusados em outros episódios de violência, ligados à expansão territorial. Entre as provas reunidas está a identificação do veículo utilizado no crime, um Fiat Pulse branco com teto preto, vinculado a outros homicídios na área.

“Logo após a ampla repercussão nacional da execução dos médicos, ao constatarem que as vítimas não eram milicianos, lideranças do Comando Vermelho ordenaram a execução dos responsáveis pelos disparos, aponta a denúncia”, conforme afirma o MP-RJ.

Desde o início de 2023, a facção criminosa do Complexo da Penha intensificou a tomada violenta de comunidades em Jacarepaguá e arredores, historicamente dominadas pela milícia, segundo a denúncia.

Segundo o Gaeco/MP-RJ, o objetivo seria consolidar um Complexo de Jacarepaguá sob seu controle, ampliando atividades criminosas como o tráfico de drogas, roubos, extorsão de comerciantes e exploração de serviços clandestinos.

“A denúncia descreve que a expansão foi marcada por execuções brutais de milicianos e supostos aliados, promovidas por um grupo denominado “Equipe Sombra”, especializado em assassinatos direcionados. O grupo, comandado pelos denunciados, teria apoio direto de lideranças do Comando Vermelho”, consta na denúncia.

As informações são da  Agência Estado.

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