Menino de 6 anos morre após tumor cerebral ser confundido com cansaço
O britânico Taylan Kurtul, de 6 anos, morreu pouco tempo depois de um médico ignorar seu primeiro sintoma ligado a um tumor cerebral. Com a morte repentina do menino, a família do condado de Leicestershire, no Reino Unido, busca levantar recursos para apoiar entidades que investiguem possíveis curas para a condição.
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O primeiro sinal veio em maio de 2023, quando a criança passou a relatar estar com a visão turva. Após um exame de vista, o oftalmologista descartou qualquer problema sério, acalmando os pais.
No entanto, logo depois Kurtul começou a apresentar sinais de fadiga extrema, dores no estômago, instabilidade ao andar, além de tontura e alterações emocionais. Inicialmente, seus pais atribuíram os sintomas ao cansaço das atividades extracurriculares, mas resolveram escutar uma segunda opinião médica.
Após uma consulta em um clínico-geral, ele realizou uma tomografia computadorizada, que dias depois revelou uma massa em seu cérebro. Além de ressonância magnética, outros exames diagnosticaram a criança com meduloblastoma de alto grau – tipo comum de tumor cerebral cancerígeno em crianças, que começa no cerebelo e tem alta capacidade de se espalhar para o sistema nervoso central.
Sintomas mais comuns de tumores cerebrais
- Dores de cabeça.
- Alterações na visão.
- Convulsões.
- Problemas de equilíbrio.
- Mudanças de humor e personalidade.
- Dificuldades na fala e memória.
Cirurgia e complicações
Após o diagnóstico, os médicos realizaram uma cirurgia que conseguiu remover 99% do tumor cerebral. Kurtul também passou por rodadas de radioterapia e quimioterapia.
No entanto, mesmo com o sucesso da operação, o britânico desenvolveu síndrome da fossa posterior, uma complicação que atinge cerca de 25 a 30% de indivíduos que passam por procedimentos na parte posterior do cérebro.
A condição pode causar perda de movimentos, alterações comportamentais, dificuldade para andar, comer e falar, além de perda do controle muscular, como a movimentação involuntária dos olhos. Os sintomas costumam melhorar lentamente, mas em algumas crianças, como no caso do britânico, os incômodos permanecem, afetando drasticamente sua qualidade de vida.
“Decisão impossível”
Ao longo do tempo, o pequeno passou a apresentar sinais de demência precoce e com a piora progressiva no quadro do filho, os pais decidiram interromper os tratamentos para não prolongar mais o seu sofrimento. Laura e o marido sentiam estar apenas adiando o inevitável, deixando o filho viver cada vez mais doente.
A mãe descreve o sentimento de perder um filho como “uma dor incurável”. “O mundo perde suas cores, tornando-se um lugar totalmente diferente”, diz. A criança faleceu nove meses depois da primeira consulta com o clínico-geral que diagnosticou sua condição.
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