A australiana Madeline Kaklikos, 24 anos, viveu um caso raro de gestação de gêmeos concebidos em semanas diferentes, um por meio de fertilização in vitro e outro de forma natural.
Madeline e o marido, Jon, de 27 anos, começaram a tentar ter um filho em 2020. Após um ano sem sucesso, procuraram ajuda médica e descobriram que a jovem tinha útero didelfo, uma anomalia congênita na qual a mulher possui dois úteros, podendo ter dois colos do útero ou apenas um para ambos.
Na maioria dos casos, o útero didelfo não provoca sinais ou sintomas, fazendo com que muitas mulheres só descubram a condição após realizar exames ginecológicos de imagem. As pacientes, no entanto, tendem a ter maior dificuldade para engravidar, além de correrem maior risco de aborto espontâneo.
Fertilização in vitro
Após o diagnóstico, Madeline e o marido decidiram engravidar por meio de fertilização in vitro. Após dez tentativas, a jovem finalmente conseguiu, mas a maior surpresa veio na ultrassonografia de dez semanas, quando o casal escutou um segundo batimento cardíaco. “Houve alguns distúrbios enquanto o ultrassonografista examinava o bebê, e, instantaneamente, entrei em pânico e me perguntei se algo estava errado”, recordou.
Durante o exames, Jon perguntou ao médico se ele ouviu um segundo batimento cardíaco no ventre da esposa, foi quando o ultrassonografista revelou que havia outro bebê no segundo útero. “Meu queixo caiu no chão e a cor sumiu do rosto do meu marido. Achei que o médico estava brincando conosco”, disse.
As imagens mostraram que um dos bebês era menor do que o outro, levando os médicos a suspeitarem de uma concepção espontânea uma semana após a fertilização in vitro. “Quando engravidei de dois bebês, os médicos me disseram que essa era uma gravidez em 50 milhões, porque Nate estava em um útero e Cole estava no outro, e eles também foram concebidos de maneiras diferentes e em momentos diferentes”, disse a mãe ao Caters News, da Austrália.