Mulher doa rim para salvar a vida da chefe e é demitida logo depois
Uma história que chocou os Estados Unidos e voltou a viralizar nas redes sociais reacendeu o debate sobre ética no ambiente de trabalho. Debbie Stevens, de 47 anos, moradora de Nova York, doou um de seus rins para salvar a vida de sua chefe, Jackie Brucia. No entanto, em vez de receber gratidão, Debbie afirma que acabou demitida pouco tempo após o transplante.
O caso, que ficou conhecido como “a mulher demitida após doar um rim à chefe”, voltou a circular nas redes sociais e gerou grande indignação entre internautas.

O caso que comoveu e indignou os EUA
Segundo documentos apresentados à Comissão de Direitos Humanos, Debbie contou que Jackie a usou como um “plano B” na lista de doadores. A chefe teria outro doador em vista, mas, quando ele foi recusado, pediu que Debbie considerasse doar o rim.
“Eu respondi ‘é claro’. Ela era minha chefe. Eu a respeitava. É quem eu sou. Eu não queria que ela morresse”, relembrou Debbie em entrevista ao New York Post.
- Entre no canal do GMC Online no Instagram
- Acompanhe o GMC Online no Instagram
- Clique aqui e receba as nossas notícias pelo WhatsApp.
Embora não fossem compatíveis, os médicos explicaram que Jackie poderia subir na lista de espera se Debbie doasse seu rim para outra pessoa. Ela aceitou a condição e fez a cirurgia. “Senti que estava dando a vida de volta a ela”, disse.
Da generosidade à demissão: ‘Decidi doar meu rim e ela pegou meu coração’
Depois do procedimento, Debbie voltou ao trabalho ainda em recuperação, enquanto Jackie permanecia afastada. Alguns dias depois, Debbie passou mal e precisou de licença médica por três dias. Quando retornou, foi surpreendida pela reação da chefe.
“Ela perguntou: ‘Por que você não está no trabalho?’ Eu disse que não me sentia bem, e ela respondeu que eu não poderia ir e vir como quisesse, porque as pessoas pensariam que eu estava recebendo tratamento especial”, contou.
A partir daí, a situação piorou. Debbie foi transferida para uma filial distante e perigosa, sofreu constrangimentos diante dos colegas e acabou desenvolvendo quadro de “angústia mental”, conforme relatou em laudo psiquiátrico enviado pela defesa à empresa. Pouco depois, veio a demissão.
“Decidi doar meu rim para minha chefe, e ela pegou meu coração”, desabafou Debbie.
Empresa e chefe não se pronunciaram
A empresa onde Debbie trabalhava não respondeu aos pedidos de esclarecimento do New York Post. Jackie Brucia, por sua vez, também não quis comentar o caso, mas foi vista entrando em uma limousine com uma garrafa de champanhe nas mãos — cena que reforçou a revolta dos internautas.
A história de Debbie Stevens, que aconteceu em 2011, voltou a ganhar destaque em 2025 com milhares de compartilhamentos nas redes. Usuários chamaram o caso de “a maior traição do ambiente corporativo” e questionaram até onde vai a falta de empatia em relações profissionais.
