Uma mulher de 35 anos entrou com um processo na Justiça depois de descobrir que o ginecologista com quem ela se consultava há nove anos é o seu pai biológico. Entre as reinvindicações, Morgan Hellquist alega negligência médica, já que, até onde se tinha conhecimento sobre a sua concepção por inseminação artificial, o esperma utilizado era de um estudante de medicina e não do próprio médico que realizou o procedimento em sua mãe.
De acordo com o processo, Morgan iniciou uma busca pela identidade do seu pai biológico, o que resultou na descoberta de ser o ginecologista com quem ela já consultava há alguns anos e mais seis meio irmãos, já que o esperma no médico teria sido usado para a produção de bebês em série.
A mãe de Morgan contou ao “The Washington Post” que decidiu realizar a inseminação artificial no início dos anos 1980, logo que após o pai não biológico da menina sofreu um acidente e ficou paralisado da cintura para baixo. Então, depois de várias tentativas fracassadas, a inseminação funcionou e a mulher engravidou de Morgan em 1985.
Um tempo depois, Morgan foi informada por seus pais sobre sua concepção artificial e, na ocasião, elogiaram o médico, Morris Wortman, como talentoso. Morgan cresceu, teve seus próprios filhos e passou a se consultar com o Morris.
No processo também consta que se Morgan soubesse que era filha de Morris, ela “nunca poderia consentir em ser paciente em seu consultório ginecológico”. A paciente está processando o médico por negligência médica, falta de consentimento, agressão, fraude e imposição de sofrimento emocional, alegando que Morris afirmou à mãe de Morgan que o esperma usado na inseminação era de um estudante de Medicina quando ele sabia que era o seu, e, no entanto, tratou da filha normalmente.
As informações são do jornal Extra.