05 de novembro de 2025

‘Não tem condição de comprar 1 kg’, diz defesa de homem preso com R$ 62 mi em barras de ouro


Por Agência Estado Publicado 06/08/2025 às 10h26
Ouvir: 03:14
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Foto: Reprodução/Instagram

O advogado do empresário Bruno Mendes de Jesus, preso em Boa Vista (Roraima) na última segunda-feira, 4, por transportar 103 quilos de ouro escondidos em um carro, afirmou que o homem detido atua com atividades relacionadas à mineração.

“Trata-se de trabalhador que, como milhares de brasileiros, atua em atividades relacionadas ao setor mineral, que embora possam se desenvolver em áreas de tensão regulatória, são, para muitos, meio de subsistência e única alternativa de sobrevivência”, afirma o advogado Smiller Carvalho, em nota.

Carvalho defendeu também que o garimpo, quando regularizado, deve ser encarado como um “meio de sobrevivência” de famílias socialmente fragilizadas e que a ausência de regularização documental é que transforma a atividade em infração administrativa ou penal.

“Não se pode ignorar que o garimpo, ainda que careça de regularização em diversos casos, é responsável pela sobrevivência de milhares de famílias em regiões afastadas e desassistidas pelo Estado”, disse.

Conforme o advogado, Bruno é um comerciante do ramo de roupas e vestuários de Porto Velho, Rondônia, mas que estava desempregado e sofrendo com problemas financeiros. “Ele não tem nem condição de comprar um quilo (de toda a carga transportada de ouro)”, diz.

A abordagem da Polícia Federal contra Bruno aconteceu em uma rodovia em Boa Vista, em Roraima, no início da tarde da última segunda-feira.

A polícia investiga se a carga, avaliada em R$ 62 milhões, é originada de garimpo ilegal e se tinha como destino a Venezuela e a Guiana, países que fazem fronteira com o território roraimense. A apreensão é considerada a maior já realizada pela PRF no Brasil.

O motorista foi levado à sede da Polícia Federal na capital roraimense e passou por audiência de custódia na tarde desta terça-feira, 5. Ele teve a sua prisão convertida em preventiva. A defesa diz trabalhar para obter um habeas corpus para que Bruno responda o processo em liberdade.

“A defesa reafirma o seu compromisso com a luta pela dignidade de trabalhadores que buscam, no garimpo, uma alternativa de sobrevivência diante da ausência de políticas de desenvolvimento social e econômico eficazes”, concluiu a defesa.

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